Advogado ataca mulher a socos no DF

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Briga aconteceu na frente de um restaurante no bairro do Sudoeste, em Brasília ( Foto: Reprodução/Autos do processo)

Cledmylson estava em um restaurante ao lado de um pet shop, destino de Giselle. Os dois estavam com seus animais de estimação – o dele, um cachorro da raça Coton de Tulear e, o dela, um Shitzu.

Eles têm versões distintas sobre o estopim da discussão – um diz que foi o cachorro do outro que avançou primeiro. Quando viu que Cledmylson estava indo embora, Giselle começou a gravar com seu celular. Ela acusa o advogado de tentar dar ré no carro mesmo com ela atrás e tomar o seu telefone.

Giselle entrou no carro de Cledmylson para retirar o Coton de Tulear e impedir que ele fosse embora.

Ela chamou a Polícia Militar.

De acordo com o depoimento de Giselle à Polícia Civil, o cachorro de Cledmylson estava sem coleira e sem focinheira. Ela diz que levou ‘uma mordida’ ao tentar separar seu cão do dele.

O advogado teria assistido ao acontecimento sem intervir. Giselle diz que ele a chamou de ‘descompensada’.

Na versão de Cledmylson, a advogada teria o chamado de ‘filho da p…’. Ele admite que a agrediu fisicamente, mas como ‘forma de defesa’. Para a Polícia, o advogado sustenta que Giselle ‘caiu sozinha’ durante a discussão e que danificou a pulseira de seu relógio.

Policiais militares que atenderam a ocorrência vasculharam o carro de Cledmylson em busca do celular de Giselle. Foi apreendido um canivete com um símbolo de caveira, que, segundo o advogado, servia para ‘cortar charutos’. O celular de Giselle foi devolvido à Polícia por terceiros.

Os dois foram levados para a Delegacia, onde prestaram depoimento e foram liberados. Ambos disseram que vão representar, um contra o outro. Na Delegacia, Cledmylson foi autuado pelos crimes de injúria, lesão corporal, omissão de cautela na guarda de animais e porte de arma branca.

Como o caso ainda é um Termo Circunstanciado e os dois não têm antecedentes criminais, o próximo passo será colher depoimentos e agendar uma audiência preliminar, na qual as partes podem chegar a um acordo.

COM A PALAVRA, GISELLE PIZA DE OLIVEIRA

A reportagem entrou em contato com Giselle Piza de Oliveira, mas não teve retorno até a publicação da reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, CLEDMYLSON LHAYR FEYDIT FERREIRA

A reportagem deixou mensagens e telefonou para Cledmylson, mas não teve retorno. O espaço está aberto para manifestação. (isabella.panho@estadao.com)

Estadão