Deputado bolsonarista fica violento durante pronunciamento na Câmara

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Foto: Reprodução

O parlamentar bolsonarista André Fernandes (PL-CE), investigado por suspeita de ter incentivado os atos golpistas do dia 8 de janeiro, se exaltou durante pronunciamento na tribuna e quebrou o microfone da Câmara dos Deputados. Fernandes fazia um discurso com críticas ao ministro da Justiça Flávio Dino, que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma queixa-crime contra cinco deputados e dois senadores bolsonaristas. O ministro se tornou alvo de notícias falsas desde a sua visita no Complexo da Maré.

— Em qualquer lugar, vão para o STF — disse Fernandes aos gritos, mesmo sem estar entre os citados por Dino na queixa-crime. — Para que serve essa tribuna? — questionou, dando um tapa e quebrando o microfone.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, criticou a postura do colega de Casa:

— Vossa excelência não tem o direito de estapiar ou atuar de forma a prejudicar qualquer bem próprio da Casa. Peço que registre o meu pronunciamento aqui contra o gesto do deputado que acabou empurrando violentamente o microfone na tribuna, não será tolerado — afirmou a petista.

Nas redes sociais, a petista voltou a repudiar o ocorrido e afirmou que pedirá a responsabilização de Fernandes.

 

Deputado eleito com mais votos no Ceará, André Fernandes foi incluído pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no rol dos investigados pela suspeita de ter incentivado os atos golpistas que ocorreram no dia 8 de janeiro em Brasília. O parlamentar divulgou um vídeo no Twitter contra Lula e convocou apoiadores para as manifestações que culminaram na depredação do patrimônio público.

No púlpito, Fernandes se referia a uma reação de Dino após ter sido falsamente acusado de “envolvimento com o crime organizado” por ter visitado o Complexo da Maré na semana passada. O ministro de Lula esteve no conjunto de favelas na Zona Norte da capital fluminense para o lançamento de um boletim sobre violência e encontro com lideranças comunitárias.

O Globo