Ações da PRF ajudam a deixar Bolsonaro inelegível

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Imagem: Reprodução/UOL NEWS

O colunista do UOL Tales Faria afirmou no UOL News que o documento que revela que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) escalou mais agentes de folga para trabalhar nas blitze no segundo turno das eleições de 2022 em estados onde Lula (PT) ganhou de Jair Bolsonaro (PL) colabora para a inelegibilidade do ex-presidente.

“[Esses documentos] Reforçam a percepção geral de que a Polícia Rodoviária Federal atuou nas eleições para barrar o acesso dos possíveis eleitores de Lula às urnas. Isso vem desde o momento que eles fizeram aquelas blitze no Nordeste até essa nova descoberta. O fato é o seguinte: tanto Anderson Torres quanto o chefe da PRF trabalharam arduamente pela campanha de Bolsonaro usando instrumentos públicos e usando a força pública de todos os jeitos”.

“Eles provavelmente vão ser condenados pela Justiça de alguma forma e o Bolsonaro também. Bolsonaro, no mínimo, vai se tornar inelegível e isso daí é mais uma coisa que trabalha a favor da inelegibilidade de Bolsonaro”.

O que aconteceu

  • Documento interno da corporação obtido pelo UOL aponta que o efetivo extra foi usado principalmente em regiões do Norte e Nordeste, em redutos eleitorais de Lula.
  • A PRF diz que os policiais foram empenhados com base em análise técnica e que 65% dos crimes eleitorais no primeiro turno aconteceram nessas duas regiões.
  • Os bloqueios foram contestados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à época.
  • Os estados onde Lula havia ganhado no primeiro turno e onde houve reforço de efetivo com hora extra pago pela PRF foram Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

O que foi a “Operação Eleições”?

  • A operação fez uma série de blitze em todos os estados do país em 30 de outubro de 2022, dia do segundo turno eleitoral. Segundo a PRF, o foco era evitar possíveis crimes eleitorais.
  • O STF (Supremo Tribunal Federal) havia proibido operações que afetassem o transporte de eleitores, gratuito naquele dia em várias cidades.
  • Mesmo assim a PRF, sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e então comandada pelo diretor-geral Silvinei Vasques, seu apoiador, realizou centenas de bloqueios, com inspeção de vans e ônibus, principalmente no Nordeste.

UOL