Moro e Gilmar têm rixa antiga

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Gilmar Mendes e Sergio Moro – Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

A colunista do UOL Madeleine Lacsko analisou no UOL News o vídeo em que senador Sergio Moro (União-PR) fala que iria “comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, ministro do STF.

Para ela, a política brasileira está em uma “chinelagem fenomenal” pelo conteúdo ter sido levado a sério e que “todo mundo sabe” que Moro e Gilmar têm uma rixa.

“Essa animosidade entre os dois existe. É óbvio que quando existe um grau de animosidade entre duas pessoas, uma vai falar mal da outra em momentos privados”.

“Estamos em uma busca pela pureza que está tornando nossa política idiotizada. Sinceramente, alguém achou que isso era uma denúncia? Eu sou muito contra levarmos a política para esse lado”.

“Ele está fazendo vítima do que ele fez, do que ele fazia. É evidente que o vídeo foi tirado de contexto? Foi. Quase todos os vídeos são tirados de contexto. O Lula falou a mesma coisa sobre aquela conversa telefônica que o Moro vazou para manter a opinião pública contra a posse de Lula como ministro”.

“Ele está sendo vítima da forma como agiu no passado e, quiçá, agiria se estivesse poderoso. O que ocorre com Moro é que ele perdeu o poder e Gilmar foi uma das figuras que fez o Moro perder o poder que ele tinha”.

O que aconteceu?

“Fala foi tirada de contexto”, disse o senador em nota. “Foi divulgado só um fragmento, e não contém nenhuma acusação contra ninguém.”

Vídeo com fala circula nas redes sociais. No trecho, o ex-ministro da Justiça diz: “Isso é fiança do instituto, para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

Em outro vídeo, a esposa do senador, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), explica que se trata de uma brincadeira de “prisão” em uma festa junina. “Você entendeu? Você vai para a prisão. Se alguém vai lá e dá cincão, você fica mais dez minutos [preso]. Não é uma boa ideia?”, pergunta.

O nome do ex-juiz chegou a ficar entre os termos mais comentados do Twitter.

O ministro Gilmar Mendes disse que não vai se manifestar sobre o tema.

UOL