Confira senadores que Zanin não procurou
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Contabilizando visitas a cerca de 70 senadores ao longo das últimas semanas, o advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), deixou de fora de sua romaria alguns nomes como Sérgio Moro (União Brasil-PR), Magno Malta (PL-ES) e Styvenson Valentim (Podemos-RN), todos oposicionistas.
Principal oponente de Zanin durante a defesa que fez de Lula nos processos da Lava-Jato, Moro ficou de fora da agenda de conversas privadas que o indicado pelo presidente fez desde o dia 1 de junho. Além disso, o ex-juiz não compareceu ao jantar de seu partido com o advogado, na semana passada.
Com encontro marcado para esta quarta-feira, a expectativa é que Moro protagonize com Zanin os principais embates durante a sabatina. Outro senador que acabou ficando de fora do calendário de conversas é Marcos do Val, que disse ao GLOBO que não falaria previamente com o indicado ao STF por ser contra o princípio da impessoalidade.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Magno Malta disse que chegou a ser procurado pelo advogado para uma reunião, mas afirmou não ter aceitado o encontro.
O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) também foi procurado por Zanin e um encontro chegou a ser agendado para esta terça-feira, mas a agenda não ocorreu em função de um “desencontro” de ambos. Nesta terça, Zanin manteve compromissos fora do Senado.
O advogado foi indicado para vaga no STF após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. Para assumir a cadeira na Corte, Zanin precisa ser aprovado pela maioria simples no Senado Federal, ou seja, ter o ”sim” de 41 dos 81 parlamentares. Levantamento feito pelo GLOBO na semana passada mostra que o advogado já tem votos para ser aprovado pelo plenário do Senado.
Ao GLOBO, 41 senadores disseram ser a favor da indicação. No levantamento feito pelo GLOBO, 31 senadores não responderam ou não quiseram declarar seu voto. Apenas oito se disseram contrários. Caso bata o número estimado, o advogado ficaria um pouco acima da média dos atuais ministros, que é de 57 votos.