Direita vê Haddad como “surpresa positiva”

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Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em meio a rearranjos na articulação política iniciados nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem se mostrado com cada vez mais prestígio entre representantes do Congresso Nacional.

“É uma surpresa positiva. Ele tem feito um trabalho, tem sido um interlocutor até muitas das vezes, até por atendimento aos senadores, aos parlamentares de um modo geral na articulação. Ele tem surpreendido positivamente”, avaliou o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), em entrevista ao Metrópoles (assista à íntegra abaixo).

“Pegou confiança de praticamente todos os parlamentares por esse trabalho que ele está desenvolvendo com muita seriedade”, disse, elogiando o respeito às metas colocadas pelo governo federal no novo marco fiscal. “Tudo o que foi relacionado a essas questões do governo, ele está fazendo de tudo para que seja cumprido”, concluiu.

O presidente do colegiado, um dos mais importantes da Casa, também avaliou positivamente o trabalho da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ex-senadora pelo MDB.

Presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, o PSD, tem hoje três ministérios: o da Pesca, com o André de Paula, o da Agricultura, com Carlos Fávaro, e o de Minas Energia, com Alexandre Silveira.

“Estão faltando líderes dentro do governo Lula”, afirma Kassab

Ao mesmo tempo em que seu partido integra o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Kassab é secretário de Governo e Relações Institucionais do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo.

Para Cardoso — que já foi filiado ao PR (atual PL), MDB, PSB e PP —, há uma independência da sigla à qual hoje está filiado em relação ao governo. “Ter três ministérios no governo não significa que não se pode fazer composições nos estados, como é o caso de São Paulo”, pontua ele, que preside o PSD em Goiás.

“O partido sempre foi um partido de centro. O PSD é um partido de centro. Nunca foi nos cobrado pela presidência, no caso, Gilberto Kassab, uma postura de: ‘Ora pelo fato, pelo fato de ter os três ministérios, tem que voltar 100% com o governo’.”

“No meu caso, nós temos apoiado, temos ajudado. Não temos na Comissão de Assuntos Econômicos, matérias de interesse ao governo, ao país que sejam travadas ou postergadas”, frisou.

Vanderlan Cardoso foi da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Foi, a meu modo de ver, um excelente governo. Teve pela frente a pandemia, bilhões e bilhões (de reais) foram investidos para diminuir o impacto negativo que poderia vir com a pandemia na área econômica”, considerou.

Ele avalia que será “um grande erro” se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar os direitos políticos de Bolsonaro. A Corte Eleitoral iniciou, na última quinta-feira (22/6), julgamento de uma ação que pode tornar o ex-presidente inelegível, o que não significa, necessariamente, a perda de seus direitos políticos.

Metrópoles