Lira pressiona a Lula a não disputar reeleição

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Foto: Cristiano Mariz (O Globo)/Reprodução

Há duas semanas, o site de VEJA revelou que Arthur Lira (PP-AL), comandante da Câmara, aconselhou o presidente Lula a dizer publicamente que concorrerá à reeleição em 2026. Segundo o deputado, uma declaração nesse sentido ajudaria a melhorar o funcionamento da máquina pública e a relação do governo com o Congresso, que seriam prejudicados pelo fato de ministros com aspirações presidenciais boicotarem uns aos outros. “Presidente, diga que é candidato e acaba logo com isso”, sugeriu Lira. Como a recomendação não foi seguida, o parlamentar resolveu torná-la pública e insistiu na tecla em entrevista à Globonews na última segunda-feira, 12. “O fato de o presidente Lula não ter explicitado até hoje se é candidato à reeleição ou não gera, do meu ponto de vista, muitos pré-candidatos dentro do PT. Isso não ajuda na administração do governo, porque há uma aparente dificuldade de relacionamento de A, B, C, D ou E”, declarou. Uma reportagem da nova edição de VEJA mostra as movimentações e disputas internas de nomes considerados potenciais candidatos ao Planalto, como Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Geraldo Alckmin (vice-presidente). No caso dos petistas, eles só terão chances de disputar caso Lula desista do quarto mandato. Pelo histórico do presidente, parece pouco provável. Em nove eleições presidenciais realizadas desde a redemocratização, Lula participou de seis. Nas outras três, não disputou porque a Constituição não permitiu (2010), porque Dilma Rousseff resistiu à pressão de parlamentares e empresários para abrir mão da reeleição em nome do chefe (2014) e porque Lula estava preso e inelegível (2018). Maior do que o PT, o presidente segura e dita o ritmo da fila de seu partido há mais de 30 anos.

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