Cúmplice do assassinato de Marielle a seguiu antes de ser morta
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Divulgação
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (24), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), revelou que a prisão Maxwell Simões Corrêa, o ‘Suel’, na Operação Élpis foi resultado de uma delação premiada de Élcio Queiroz.
Dino afirmou que com a prisão de Suel, encerra-se a fase de investigação em relação aos envolvidos na execução do assassinato da vereadora Marielle Franco. O novo foco será a identificação dos mandantes do crime.
“Temos a conclusão de uma fase na investigação, com a confirmação de tudo que aconteceu na execução do crime. Certos detalhes sobre os quais pairavam dúvidas, com a delação essas dúvidas se acham removidas. Há convergência entre a narrativa do Élcio em relação a outros aspectos que já se encontravam de posse da polícia. O senhor Élcio narra a dinâmica do crime, a participação dele próprio e do Ronie Lessa, e aponta o Maxwell e outras pessoas como co-partícipes desse evento criminoso no Rio de Janeiro. A partir daí as instituições envolvidas terão os elementos necessários ao prosseguimento da investigação. Não há de forma alguma a afirmação de que a investigação se acha concluída. Pelo contrário. Há um avanço, uma espécie de mudança de patamar da investigação. A investigação agora se conclui do patamar da investigação e há elementos para um novo patamar, a investigação dos mandantes do crime”, declarou o ministro.
Segundo Dino, Suel participou antes, durante e depois do crime: além de suporte logístico, ele realizou monitoramentos e ainda destruiu uma das provas do homicídio — o carro que foi utilizado também para transporte de armas. Élcio Queiroz afirmou que Maxwell fez campanas para descobrir a rotina de Marielle Franco.
O ministro adiantou que nas próximas semanas haverá novas operações sobre o caso.