Ministro do Desenvolvimento Social desconversa sobre reforma

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Foto: GloboNews/Reprodução

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, disse nesta segunda-feira (31), ao ser questionado sobre uma possível reforma ministerial, que a “ordem do presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] é trabalhar”. Ele concedeu entrevista ao Conexão, da GloboNews, nesta manhã.

Dias evitou dar posições concretas sobre uma possível saída do cargo. A pasta do Desenvolvimento Social, responsável pelo programa Bolsa Família, é cobiçada por partidos do Centrão, de quem o governo deseja se aproximar.

No entanto, o ministro disse que entende a “importância” de uma base consolidada para o governo no Congresso e defendeu um “entendimento” com o Centrão.

“Eu fui governador quatro vezes e sei a importância, não para um governo, mas para a própria estabilidade do país, você contar no parlamento com uma base sólida”, disse. “Eu defendo que se tenha um entendimento”, continuou.
Wellington Dias também disse que uma possível reforma ministerial para abrigar partidos do Centrão é desejável, mas afirmou que é preciso analisar os benefícios efetivos das trocas.

“Quando a gente vai tomar uma decisão dessa, além de ser o presidente que decide o que ele pode oferecer, como ele já diz, também precisa examinar quem é que vem”, disse.

“Lá naquele estado, qual que é o efeito colateral com essa vinda? Ou seja, é o partido? Vem trazendo quantos parlamentares? É uma parte? São alguns parlamentares deste ou daquele partido? E a partir daí, quando a gente faz um chamamento para ser parte de um projeto, ali a gente também divide responsabilidades.”

Na entrevista, Wellington Dias também afirmou que “não faz sentido” que o Bolsa Família deixe o Ministério do Desenvolvimento Social e seja transferido para outra pasta.

Esse era um movimento aventado pelo governo para dar a chefia do ministério ao Centrão, mas não perder controle do programa.

“Na prática, isso já foi feito e não deu certo. Ou seja, qual a consequência de você ter o programa do Bolsa família separado de um conjunto de políticas? Nós tivemos o crescimento da fome, 33 milhões de brasileiros e brasileiras passando fome”, disse.

G1