Tebet prega “paz institucional”

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Foto: Ed Alves/CB/DA.Press

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que “o Brasil precisa de paz institucional”. Ela fez as declarações ao ser questionada sobre a relação que mantém com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Tebet declarou que a economia tem uma agenda extensa até o final de agosto, quando deve ser discutido o novo arcabouço fiscal, em tramitação no Senado, a Lei Orçamentária Anual (LOA) e outros temas econômicos.

Tebet concedeu entrevista à jornalista Miriam Leitão, da Globo News. Ela afirmou que tem boa relação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O Brasil está precisando de paz institucional E isso interfere nos números. Não só as medidas que foram colocadas no inicio do governo pelo ministro, mas por que estão vendo essa sinergia. Não só entre o ministério da Fazenda e do Planejamento, mas também com o Ministério da Indústria e Comércio Exterior (Mdic), do vice-presidente”, disse.

Tebet defendeu a responsabilidade fiscal, mas sem a retirada de recursos das áreas sociais. “Eu não sou economista, mas sou mais liberal. Sei que não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal. Mas tanto no Brasil que temos quanto no Brasil que teremos, tenho sinergia com o ministro Haddad”, disse.

Ao ser questionada sobre o nome do economista Marcio Pochmann para presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Tebet afirmou que não tinha conversado com o presidente Lula sobre o tema e que não conhece o profissional. O IBGE é uma autarquia subordinada a pasta de Tebet.

“Eu vou estar ouvindo se esses ruídos estão surgindo, provavelmente já deve ter nomes circulando. Eu não conheço, então não posso dizer. No momento em que ele estava no governo, eu estava no meu estado. Como não sou economista e não o conheço, não posso fazer nenhuma consideração”, disse.

Ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Fundação Perseu Abramo, Pochmann, atualmente, é presidente do Instituto Lula para o triênio 2020-2023. O economista integra a ala mais heterodoxa do governo, na contramão da cartilha mais fiscalista e liberal que Tebet e seus secretários respeitam e que ajuda a amenizar a desconfiança do mercado financeiro em relação ao atual governo.

O nome dele foi confirmado pelo governo horas após a entrevista ser gravada, indicando que a ministra pode não ter sido ouvida no processo. A notícia da escolha foi repassada pelo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta.

Correio Braziliense