Agro e ministro da Agricultura não se entendem

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Foto: Reprodução

O clima está pesado para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD-MT). O estopim foi a destinação que ele deu para valores remanescentes do antigo Orçamento Secreto. Mas a crise é agravada pela falta de apoio de setores do agronegócio.

Nas últimas semanas, se tornou de conhecimento público o fato de a pasta de Fávaro ter empenhado R$ 135 milhões para cidades do Mato Grosso, estado dele. O valor foi muito superior ao destinado a outros estados, o que incomodou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Só que Fávaro tem tido dificuldades em articular também com o agro. Reservadamente, integrantes da Frente Parlamentar do Agro dizem que o ministro “não vive um bom momento”.

A bancada ruralista considera que o ritmo de entregas é baixo e considera que até o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, tem sido um articulador melhor do setor.

Um exemplo ocorreu quando parlamentares do grupo questionarem Fernando Haddad, ministro da Fazenda, sobre o valor reservado para o seguro agrícola este ano. Haddad respondeu que só Roberto Rodrigues tinha falado do assunto com ele. Rodrigues foi o ministro da Agricultura do primeiro governo Lula e continua sendo um interlocutor do setor.

A defesa de Fávaro foi assunto da reunião de bancada do PSD, preocupada que, com o desgaste, o partido possa acabar perdendo algum tipo de espaço na minirreforma ministerial que se desenha.

G1