Anderson Torres fez treinamento para falar na CPMI

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Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Anderson Torres comparece à CPMI do 8 de Janeiro, logo mais às 9h, no Senado. A defesa do ex-ministro da Justiça preparou uma série de questionários para treiná-lo. O “intensivão” foi realizado na noite de ontem (07/08), na casa de Torres, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele ocupava o cargo de secretário da Segurança Pública do Distrito Federal em 8 de janeiro e é acusado de conivência com a tentativa de golpe naquele dia.

A defesa tentou antecipar algumas perguntas que serão feitas para o ex-ministro, que se comprometeu a responder a todas elas. Também houve uma preparação contra potenciais provocações que Torres deve passar. O conselho é que ele “mantenha a calma e tente não ser muito expressivo”.

A linha do que responderá Anderson Torres será a seguinte:

Minuta do golpe: dirá que o texto era “lixo” e “desimportante”. Responderá que o documento não foi descartado por esquecimento e que o cenário da minuta é “loucura”;
Ataque ao aeroporto: afirmará que a Polícia Federal fazia trabalho intenso de inteligência contra a tentativa de explosão do aeroporto de Brasília, na noite de Natal do ano passado. Só assim, “o ataque não foi bem-sucedido”;
8 de janeiro: defenderá que toda a preparação de acompanhamento do “protesto” bolsonarista havia sido realizada com diversos órgãos, inclusive do governo. Tentará dividir a culpa.
O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) também se preparou para responder a possíveis perguntas sobre a reunião do ex-presidente com embaixadores, em 18 de julho de 2022. Na ocasião, Bolsonaro atacou as urnas eletrônicas e repetiu mentiras sobre o sistema eleitoral. O episódio fez com que o ex-presidente se tornasse inelegível.

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