EUA e Brasil disputam quem prende ex-presidente antes

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Foto: Stephen Maturen/Getty Images

O ex-presidente americano Donald Trump deve comparecer ao tribunal na quinta-feira, 3, depois que promotores federais emitiram acusações oficiais contra ele por tentar anular a eleição de 2020. Enquanto o Partido Democrata comemorou o indiciamento, os republicanos saíram em apoio ao seu líder. Na quinta-feira, os promotores devem detalhar as quatro acusações de conspiração e obstrução que Trump enfrenta. Além disso, um juiz definirá as condições de sua fiança. Trump é o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos a enfrentar acusações criminais e já foi indiciado outras duas vezes neste ano, uma em Nova York por subornos a uma atriz pornô e outra pelo caso dos documentos confidenciais.

Muitos republicanos – funcionários eleitos e eleitores – apoiaram Trump descaradamente, dizendo que as acusações contra ele têm motivação política e fazem parte de uma conspiração dos democratas para inviabilizar sua candidatura à reeleição em 2024. O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, chamou a acusação de uma tentativa de “desviar o noticiário” das acusações de corrupção envolvendo Hunter Biden, filho do atual presidente, “e atacar o favorito” para enfrentar Joe Biden no ano que vem.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, principal rival de Trump para a indicação republicana, disse que ainda não leu a acusação, mas prometeu “acabar com o armamento do governo federal”, sugerindo que o Departamento de Justiça estava sendo usado para atingir um inimigo político. Apesar das acusações – e da perspectiva de mais outras por vir, sobre a suposta intervenção no processo eleitoral do estado da Geórgia, também no pleito de 2020 – o ex-presidente ainda é líder nas pesquisas nacionais, com vantagem de mais de 30 pontos em relação a outros republicanos. Nos Estados Unidos, nada impede que réus criminais façam campanha ou tomem posse, caso sejam condenados.

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