Lula quer que países ricos paguem por florestas tropicais

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Foto: Seaud/ Presidência da República

Os chefes de Estado dos oito países amazônicos assinaram, nesta terça-feira (8), a Declaração de Belém, um documento com 113 itens que vai balizar a primeira agenda conjunta em defesa da região, durante a Cúpula da Amazônia.

Durante o programa Análise da Notícia, o colunista do UOL Kennedy Alencar afirmou que a intenção de Lula ao sediar o evento em Belém (PA) é cobrar uma promessa de dinheiro feita por países do G7.

Lula quer unir países com florestas tropicais para cobrar dinheiro na ONU.
Kennedy Alencar

Países ricos prometeram dinheiro em 2019. Durante a COP realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2019, países do G7 prometeram uma ajuda de US$ 100 bilhões para salvar as florestas tropicais do mundo inteiro. Lula quer articular e unir os países amazônicos para cobrar o dinheiro prometido pelo G7 na Assembleia Geral da ONU, em setembro, quando o presidente brasileiro fará o discurso de abertura.

Questão ambiental projeta Brasil no mundo. A questão ambiental está no topo da agenda de Lula desde o início de seu terceiro mandato como presidente, pois isso projeta o Brasil no mundo. Lula quer ser o grande articulador de um conjunto de políticas públicas que esses oito países possam aplicar para preservar a floresta amazônica.

Floresta pode desaparecer? No governo de Jair Bolsonaro (PL), houve muito garimpo, invasão de reservas indígenas e destruição da floresta amazônica e, por isso, há um questionamento sobre a chegada de um momento de “não retorno”, ou seja, um momento em que a floresta vai desaparecer e ser engolida por invasores.

Macron e França são aliados de Lula. Lula também convidou para a Cúpula da Amazônia a Indonésia, que tem floresta tropical em seu território, os dois Estados do Congo e a França, por causa da Guiana Francesa.

A França, inclusive, faz parte do G7 e Macron é um grande aliado de Lula na questão ambiental. Por outro lado, a União Europeia pode causar problemas por seu protecionismo e políticas que impactam a Amazônia, além do modelo de desenvolvimento que esses países desejam para a Amazônia.

Exploração sustentável da Amazônia. Lula afirmou que a floresta não pode ser apenas um depósito de riquezas e deve ser explorada de maneira sustentável. Entretanto, a questão da possível exploração de petróleo na região pode tirar a credibilidade do discurso que o presidente faz em palcos internacionais sobre a necessidade de preservação ambiental.

Marina Silva terá um papel-chave para impedir a exploração de petróleo no local, apesar da pressão de políticos da região.

Uol