Só dois candidatos à PGR passam fácil no Senado

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Foto: PGR

A Procuradoria-Geral da República tem chance de ser comandada interinamente por uma mulher. Trata-se da procuradora Elizeta Maria de Paiva Ramos, que já foi corregedora do órgão.

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Elizeta deve assumir a cadeira de PGR, caso o sucessor de Augusto Aras seja escolhido e nomeado por Lula após o fim de seu mandato, que acaba em 26 de setembro. Até hoje, Raquel Dodge foi a única mulher a ocupar o posto de PGR.

Até o momento, o presidente ainda não bateu o martelo sobre quem indicará para a cadeira, considerada uma das mais delicadas e poderosas da República. O nome de Elizeta foi construído por meio de um acordo de alas distintas do Conselho Superior do Ministério Público.

Hoje o vice-presidente do órgão é o subprocurador-geral da República Carlos Frederico, que fica no cargo até 5 de setembro e está à frente de investigações dos ataques golpistas de 8 de janeiro. Frederico, que é aliado de Aras, não deve tentar a reeleição para o posto. Em contrapartida, a ala do CSMP que faz oposição também não lançará um nome. A escolha de consenso como candidata ao cargo entre os dois grupos é o de Elizeta.

Membros do órgão avaliam que, mesmo que Lula faça a indicação em breve, só dois nomes teriam agilidade na sabatina no Senado. Um deles é o do próprio Aras, conhecido e elogiado pela classe política, mas praticamente descartado por Lula.

O outro seria o do vice-procurador-geral-eleitoral, Paulo Gonet. Como informou a coluna, ele conta com o apoio dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.

A leitura dos procuradores é a de que outras opções, como Antônio Carlos Bigonha e Mário Bonsaglia, precisariam fazer um trabalho junto aos parlamentares antes da sabatina, por serem menos articulados com a classe política.

O Globo