Desigualdade “racial” disparou após 2016

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Foto: Sushil Nash/ Unsplash/Reprodução

A psicóloga Lia Vainer Schucman, pesquisadora na área de relações étnico-raciais, é um agente de convergência no debate sobre racismo e desigualdade racial no Brasil. Não só por cultivar uma linha de estudo a respeito, mas também por ajudar a mobilizar encontros de especialistas e ativistas e a publicação de livros que reúnem visões e propostas para enfrentar esse fenômeno tão colado à realidade nacional. Uma dessas obras organizadas pela professora é Branquitude (Fósforo), que transfere para o papel uma série de conversas ocorridas no Instituto Ibirapitanga em 2020 e serve de introdução dinâmica a diversos conceitos e noções que permeiam a compreensão e o combate ao racismo – a começar pela própria ideia de “branquitude”, a de um mundo que opera e oprime com o homem branco entronado nas relações de poder. No seu mais recente trabalho, Famílias Inter-Raciais – Tensões entre Cor e Amor, também publicado pela editora Fósforo, Lia apresenta os achados de sua pesquisa sobre esse tema tão presente e sensível em nossos lares e sociedade. Somos confrontados com uma instituição, a família, dotada de potenciais antagônicos (para o bem e para o mal) dentro das relações étnico-raciais. Docente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a autora conta que um livro que mudou sua vida foi É Isso um Homem?, do italiano Primo Levi, que trata da tortura psíquica dos confinados em campos de concentração nazistas. E acredita que o pensador e líder indígena Ailton Krenak tem uma obra fundamental para “entender parte do Brasil e adiar o fim do mundo”.

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