Ministro do Esporte trocou Bolsonaro por Lula

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Foto: Reprodução

A Polícia Militar do Rio vai investigar a origem e as circunstâncias que levaram granadas compradas pela corporação em 2010 a pararem na casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson. Os itens foram arremessados pelo político contra agentes da Polícia Federal em outubro passado, conforme mostra laudo da Polícia Federal obtido pelo blog do jornalista Octávio Guedes, do g1.

Em nota, a PM informou que seria instaurada uma apuração sobre o caso assim que a corporação fosse formalmente notificada sobre o fato. De acordo com o laudo da PF, duas das três unidades eram da marca Condor e, através de análise de microscopia, foi possível identificar que se tratavam de lotes adquiridos pela Polícia Militar em 2010.

O laudo apontou ainda que as granadas tiveram o potencial ofensivo aumentado pela fixação de pregos no exterior, com uso de silver tape, o que poderia levar à morte dos agentes.

Nesta quarta-feira, a Justiça de Três Rios decidiu que o caso de Jefferson vai a júri popular e manteve a prisão preventiva do político. Ele é acusado de tentativa de homicídio contra quatro policiais federais que foram prendê-lo a uma semana do segundo turno das eleições de 2022, em Comendador Levy Gasparian, na Região Serrana do Rio.

O ex-presidente de honra do PTB está internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, para tratamentos de saúde desde o mês passado, após decisão do ministro Alexandre e Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A melhora no quadro de saúde e a possibilidade de tratamento em casa levaram a defesa de Jefferson a pedir novamente a conversão da prisão preventiva em domiciliar, como mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.

Em 23 de outubro, Roberto Jefferson se tornou alvo de Moraes após descumprir as medidas cautelares de sua prisão domiciliar — a qual cumpria desde janeiro do ano anterior. Réu no inquérito das milícias digitais, Jefferson foi preso inicialmente em agosto de 2021. Na véspera, no entanto, divulgou vídeo nas redes sociais com xingamentos à ministra Cármen Lúcia, do STF, o que motivou o mandado para converter a prisão em regime fechado.

O ex-parlamentar resistiu à ordem e disparou três granadas contra os policiais federais que foram até sua residência, em Comendador Levy Gasparian (RJ). Na ocasião, dois policiais ficaram feridos por estilhaços e, de acordo com informações do Ministério Público Federal, uma agente só não foi atingida porque um dos artefatos atingiu o cano de sua pistola.

O Globo