Voto de Rosa sobre aborto é histórico

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Foto: Carlos Moura/SCO/STF/Divulgação

A colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo exaltou o voto da ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber pela descriminalização do aborto e o considerou “histórico”. O aborto sempre foi um tema muito complicado e que se evitou abordar. O Congresso não consegue discutir esse assunto e a Suprema Corte sempre fugiu dele. Nunca chegou ao plenário e nunca teve um voto tão contundente a favor da descriminalização. A ministra Rosa Weber deu um voto histórico, que acendeu o debate. Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo No UOL News, Bergamo mostrou-se reticente quanto às chances de o tema ser votado logo no STF. A colunista teme que não apenas André Mendonça e Kassio Nunes Marques, indicados por Jair Bolsonaro e com viés conservador, votem contra a descriminalização. Ela contestou quem pede a prisão de mulheres que fizeram aborto e citou algumas personalidades que interromperam uma gravidez, como Hebe Camargo, Cássia Kis, Cissa Guimarães, Elba Ramalho, Marília Gabriela e Aracy Balabanian.

Arrisco dizer que pode haver um pedido de vista. Desconfio que não será tão fácil assim essa discussão evoluir. Há outros ministros com posições consideradas progressistas, como na questão das drogas, mas que podem não se alinhar automaticamente nesta questão. O mais provável é que essa discussão seja empurrada para a frente.
Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo

A delação de Mauro Cid, na qual associou membros da cúpula das Forças Armadas às tratativas golpistas de Jair Bolsonaro, evidencia a necessidade de punição aos militares, como destacou Mônica Bergamo. Ela alertou para o risco de haver uma ‘anistia informal’ como a ocorrida na ditadura. Era o Bolsonaro quem buscava apoio dos militares ou os militares também estavam nessa? Do jeito que se desenha a coisa, há embaixo pessoas punidas com 17 anos de prisão [pela participação nos atos golpistas de 8/1] e o Bolsonaro punido não sei por quanto tempo. Não houve ninguém no meio? De novo, como aconteceu na ditadura, haverá uma espécie de ‘anistia informal’ para deixar os militares de lado? A delação de Cid está trazendo a participação de militares e precisamos ver até que ponto vai avançar.

Uol