Agentes da Abin tentaram destruir provas de espionagem

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A Polícia Federal começou a ouvir nesta manhã os depoimentos de agentes da Abin que são alvo da operação Última Milha, que apura o uso irregular de programas de monitoramento da localização de pessoas por meio dos sinais de celular durante o governo Bolsonaro e na gestão do ex-diretor Alexandre Ramagem, hoje deputado federal pelo PL do Rio.

A PF já sabe que jornalistas, advogados, políticos e adversários do governo foram alvo de vigilância sob o pretexto de proteção da “segurança de Estado”, que seria uma justificativa para a falta de autorização judicial.

O problema é que os investigadores só conseguiram localizar 1800 dos mais de 33 mil monitoramentos realizados pelos agentes, por meio de uma espécie de “controle de operações” interno da Abin. Os dados de outros 31 200 registros de monitoramento que se sabe terem sido realizados foram apagados.

A PF quer saber desses investigados por que os dados foram suprimidos do sistema e por ordem de quem.

O Globo