Bolsonaro comete crime com verbas de publicidade

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Foto: Reprodução/ TV Brasil

Reportagem do jornal Folha de SP revela que o governo Bolsonaro deu mais verbas de publicidade oficial para órgãos de imprensa com menos audiência valendo-se de critérios políticos. SBT e Record tiveram mais verbas que a Globo. Isso é crime de responsabilidade.

Qualquer gestor público tem obrigação de usar o dinheiro público da melhor maneira possível. É ilegal gastar mais dinheiro com publicidade em veículos de menor audiência enquanto se gasta menos com veículos de maior audiência.

Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) obtido pelo jornal Folha de SP mostra que o governo Bolsonaro criou metodologia sem lógica para distribuição de verbas publicitárias a TVs abertas destinando maiores recursos a

Record e SBT —emissoras aliadas politicamente, mas que não são líderes de audiência.

Embora seja a televisão mais assistida, a Globo tem participação muito menor que a das concorrentes, o que não ocorria no passado, segundo o TCU.

A Globo tem sido alvo de ataques do presidente, que reclama de seus programas jornalísticos. No fim de outubro, após reportagem que vinculou seu nome ao caso Marielle, ele ameação não renovar a concessão da Globo em 2022.

Os dados do TCU indicam inversão de tendência. Até 2018, a Globo recebia valores mais próximos do sua audiência, o que mudou neste ano

Em 2017, a Globo ficou com 48,5% da publicidade do governo federal e, em 2018, 39,1%. Neste ano, dados parciais mostram que a fatia despencou para 16,3% (!!), enquanto que a Record recebeu 26,6% em 2017, 31,1% em 2018 e, neste, 42,6%; SBT recebeu 24,8% em 2017, 29,6% em 2018 e 41% neste ano.

Na eleição de 2018, o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Rei e dono da Record apoiou a Bolsonaro.Em realão ao SBT, foram contemplados programas para os quais Bolsonaro dá entrevistas recorrentes, defendendo sua gestão, como o do Ratinho.

OUTRO LADO

A Secom informa, em nota, que os critérios nas ações publicitárias “dependem dos objetivos de campanha e não necessariamente são representados pelos índices de participação de audiência”. O órgão não informa que critérios foram usados, apesar de dizer que existem

Da Redação com Folha