Despenca popularidade de presidente do Chile
Chamuscada pelos 48 de protestos e de reações violentas das forças de segurança, a popularidade do presidente do Chile, Sebastián Piñera, caiu para 10%, o patamar mais baixo já registrado por um chefe de Estado desde a redemocratização do país, em 1990, segundo pesquisa da consultoria Cadem divulgada nesta segunda-feira, 2.
A pesquisa envolveu entrevistas por telefone a 708 pessoas de todo o país entre os dias 27 e 28 de novembro e mostrou uma queda de dois pontos na popularidade do presidente desde a consulta anterior, de outubro. A desaprovação do governo de Piñera, porém, chegou a 82%.
O gabinete de ministros também registrou um índice elevado de desaprovação, chegando a 83%. Individualmente, os ministros de Piñera se tornaram cada vez mais impopulares, à exceção de Ignacio Briones, da pasta da Fazenda, cuja aprovação aumentou cinco pontos porcentuais e atingiu 41%. O ministro mais impopular do Chile é Jaime Mañalich, da Saúde, com popularidade de 12%, enquanto a mais popular é a ministra da Secretaria Geral, Karla Rubilar, com 45%.
Briones, contudo, é novato no cargo. Tornou-se ministro após a reforma ministerial promovida por Piñera para tentar diminuir a força dos protestos. Sob a nova gestão, o governo chileno começou a anunciar pacotes sociais e a realizar algumas reformas, como a redução em 50% dos salários de políticos.