Deputados de direita desmoralizam Alesp

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Foto: Reprodução

Mamãe Falei e Barba chegaram a erguer os punhos, indicando que trocariam socos em plena tribuna. Em seguida, o petista foi puxado pelo paletó e afastado, enquanto a sessão se transformou em uma confusão generalizada.

Mas o clima já estava quente antes mesmo da fala de Arthur. Isso porque Enio Tatto (PT) havia acusado, minutos antes, a deputada Janaina Paschoal (PSL) de “sentar no colo do governador João Doria (PSDB)”, em referência ao apoio dela à reforma previdenciária elaborada pelo governo estadual e em pauta na sessão.

Diante do baixo nível das declarações, o presidente da Alesp, Cauê Macris (PSDB), chegou a interromper a fala de Arthur, após diversas provocações direcionadas à plateia, e pediu que o deputado não usasse mais termos como “vagabundo”. Mas não cortou o áudio, o que gerou revolta em parlamentares da oposição.

Em nota, Macris afirmou que as cenas registradas não condizem com a história da Assembleia Legislativa de São Paulo e que o “momento exige serenidade e responsabilidade, sem radicalização”. A assessoria do presidente da Assembleia disse ainda que “não houve tempo” para cortar a fala de Arthur do Val, defendido pelo deputado do Novo, Heni Ozi Cukier, que levou empurrões e até uma mordida do deputado Luiz Fernando Ferreira (PT).

Entre as medidas possíveis previstas no regimento da Alesp estão advertências verbais e por escrito, afastamento temporário das funções parlamentares e até mesmo perda do mandato. Atualmente, o conselho estima finalizar um processo gerado a partir de uma denúncia em um prazo informal de 60 dias.

Estadão