Bolsonaro volta a defender ditadura militar
Foto: Joedson Alves / EPA
O presidente Jair Bolsonaro voltou a exaltar ações de governos do regime militar em evento da Marinha nesta sexta-feira, 13. Acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão, Bolsonaro participou da cerimônia comemorativa ao Dia do Marinheiro, celebrado em 13 de dezembro, e da Imposição da Medalha Mérito Tamandaré. Em seu discurso, o presidente lembrou, por exemplo, que no governo de Garrastazu Médici, o mar territorial brasileiro passou de 12 para 200 milhas náuticas.
“Em todos os momentos que a história assim se fez presente, assim desejou, os militares cumpriram para com o seu papel”, enalteceu o presidente. Bolsonaro aproveitou para abordar a responsabilidade e desafio de cuidar da Amazônia Azul. “Precisamos cada vez mais dar meios para que vocês (militares) realmente possam fornecer segurança devida ao progresso da nossa nação”, afirmou.
Nesta semana, em evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente também discursou para empresários sobre feitos dos militares durante o regime.
Bolsonaro destacou ainda em sua fala o que considera ser a cobiça internacional relacionada à Amazônia. “Somos um dos países mais ricos do mundo. Temos o que os outros em grande parte não têm. Temos a cobiça internacional sobre essas riqueza. Dando o devido valor às Forças Armadas, teremos garantia de que a Amazônia é nossa”, disse.
Além das forças militares, o presidente aproveitou para agradecer ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Tenho a gratidão pelas Forças Armadas, Câmara e Senado, sem esquecer do Poder Judiciário, em especial o nosso Supremo Tribunal Federal, que em muitas medidas têm nos ajudado a garantir a governabilidade”, declarou.
Estadão