reprodução

Rui Costa acha que pode dar lição a Lula

Todos os posts, Últimas notícias
reprodução
reprodução

Em reportagem na Folha de São Paulo deste sábado (14/01), o governador da Bahia, Rui Costa (PT) faz uma análise do governo Bolsonaro, mas repete a retórica da direita ao cobrar do ex-presidente Lula ‘conciliação”.

Costa defende que o PT precisa deixar a polarização e buscar pregar a pacificação do país, além de fazer um “ajuste fino” no seu discurso econômico.

Rui Costa, governador petista da Bahia e principal nome da sigla com cargo eletivo hoje. Seu estado, governado pela quarta vez seguida pelo partido, é o quarto maior colégio eleitoral do Brasil. Rui acha que pode ‘pisar na cabeça’ do partido.  Rui acha que pode ser presidente!

Leia parte da entrevista:

Antes da soltura do Lula, o sr. havia dito que ele não deveria ser foco na discussão em alianças. Mas o discurso dele agora solto segue centrado na própria figura. Isso não pode cansar o eleitor? Acho natural que quem ficou preso um ano injustamente faça declarações duras. Mas o Lula governou o país durante oito anos como um conciliador. Essa concertação, com empresários, trabalhadores, sociedade, fez com que o governo dele fosse de maior desenvolvimento nos últimos séculos.

Esse modelo que eu defendo. Acho que ele, independentemente de qualquer questão eleitoral, vai voltar ao leito de ser um conciliador nacional.

O sr. não acha que quando Lula aposta na radicalização do discurso contra Bolsonaro [o ex-presidente tem dado declarações pedindo o confronto com o governo federal desde que deixou a cadeia, em novembro] ele alimenta esse ciclo? Temos de ser diferentes deles. Temos de pregar a pacificação do país, cortar a discriminação e o ódio. Antes, as pessoas tinham vergonha de manifestar preconceito. Agora parece que têm orgulho.
Certamente essas pessoas existiam, mas ficavam no armário. Precisamos que elas voltem para seus armários.

O sr., que já defendeu alianças e mesmo o apoio a Ciro Gomes (PDT) em 2018, acha que são essenciais em 2020? E para 2022, já que o sr. é visto como presidenciável? Não pode ser só pela aliança, para ganhar a eleição. Uma vez pactuadas as prioridades, eu defendo que o PT dialogue para receber apoio onde seus candidatos estiverem bem posicionados e eventualmente dê seu apoio onde não estiverem.

É essa construção cotidiana que poderá levar à construção de uma aliança maior para 2022. É difícil ter a posição de não se aliar agora e esperar aliança em 2022.

REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DA FSP