De Serra pra Bolsonaro: eu sou você amanhã

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Um a um, os pseudo moralistas que acusaram Lula e o PT de corrupção vão sendo flagrados em esquemas criminosos. Ontem foi Aécio, hoje é Serra, amanhã será Bolsonaro.

Quem vê o ex-arquiinimigo do PT José Serra hoje, todo humilde e chegando a chorar para não ser preso, não lembra quem foi ele no cenário político brasileiro. José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves foram os Bolsonaros do Brasil entre 2002 e 2014, nas três campanhas eleitorais que o PSDB perdeu para o PT e durante os três governos do partido.

Todos eles, a seu tempo, fizeram discursos moralistas contra o Partido dos Trabalhadores e se posicionaram como donos da ética e superiores a uma suposta corrupção de esquerda que elegeram como bandeira contra Lula, Dilma e Fernando Haddad em eleições.

No último dia útil da primeira semana de julho de 2020, porém, o ex-ministro da Saúde de FHC, ex-candidato à Presidência, ex-prefeito e ex-governador de SP, eleito pelo antipetismo e não por seus méritos, finalmente terá que explicar os negócios multimilionários dele e da filha Verônica. Eles enriqueceram espantosa e rapidamente.

O Ministério Público Federal denunciou nesta sexta, 3, o senador José Serra e sua filha, Verônica Allende Serra, pela prática de lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, Serra, entre 2006 e 2007, ‘valeu-se de seu cargo para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul’.

Serra, Alckmin, Aécio, todos foram Bolsonaro um dia. Todos moralistas de araque, todos blindados pela mídia, pela PF, pelo Judiciário. Mas os tucanos perderam poder. E perderam porque atacaram o PT de forma insana e fortaleceram a extrema-direita.

Assim, em vez de tomarem o lugar do PT, tiveram que ceder a vaga para político muito mais radical. Serra, hoje, é o Bolsonaro de Amanhã. Todos eles terão o mesmo fim.

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