Quando a mídia reconhecerá que a reforma trabalhista arruína o país?
No último sábado, a imprensa informou mais um dado desolador sobre o mercado de trabalho que desfaz a conversa fiada ensaiada pela mesma imprensa no final do ano passado, começo deste ano, de que estaria em curso uma “retomada” do crescimento econômico graças a “reformas” do governo golpista de Michel Temer e do PSDB.
O desemprego no Brasil ficou em 13,1% no primeiro trimestre de 2018, segundo informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta (27). Ao todo, 13,7 milhões de pessoas procuraram emprego no país no período.
A taxa registrada no trimestre encerrado em março foi 1,3 ponto percentual maior do que os 11,8% verificados no trimestre imediatamente anterior, terminado em dezembro de 2017. Isso significa um aumento de 1,4 milhão de pessoas no contingente de desempregados.
No primeiro dia útil desta semana, a imprensa noticia que os poucos empregos criados, em número menor que o de empregos eliminados, são de, apenas, dois salários mínimos.
O Brasil só criou empregos formais, neste ano, com remuneração de até dois salários mínimos (R$ 1.908). As contratações foram maiores do que as demissões apenas em vagas com rendimentos mais baixos, segundo dados do primeiro trimestre levantados pela Folha no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Houve fechamento de vagas em todas as faixas com vencimento maior do que dois salários mínimos.
A imprensa corporativa divulga esses dados assim, sem compromisso, sem mea culpa, sem parecer que previu e defendeu o contrário em editoriais e em avalanches de matérias.
Recentemente, uma conhecida tuiteira expôs, com simplicidade e inteligência, a contradição da imprensa.
Essa contradição fica patente simplesmente resgatando-se o que essa imprensa dizia exatamente um ano atrás em editoriais como esse da Folha de São Paulo, no qual garantia que a tal reforma trabalhista geraria empregos, ao passo que a sua implantação mostra que está gerando pobreza, sofrimento e todos os desastres sociais e econômicos que políticos públicas equivocadas e/ou mal-intencionadas geram.
Confira o editorial “Avanço trabalhista”, publicado pela Folha de São Paulo em 28 de abril de 2018.
Não é fácil fazer pessoas com mentes embotadas pela lavagem cerebral midiática entenderem que foram enganadas e que o golpe de 2016 serviu para isso, para gerar desemprego porque, assim, a mão-de-obra, para os patrões, fica mais barata.
Esse problema não afeta apenas os “peões”. Afeta os “executivos”, os gerentes de banco, os diretores, os advogados das empresas, os médicos, os engenheiros, todos os “bacanas” que acham que são ricos e que devem votar como o dono do Bradesco, mas que estão sujeitos às vicissitudes econômicas tanto quanto o faxineiro da empresa…
Espalhe esta matéria para tentar acordar aqueles que, por terem mais instrução e melhores condições de vida, deveriam ser mais inteligentes, mas, por preconceito e arrogância, agem como analfabetos e ignorantes, deixando de criticar políticas públicas que estão afundando a economia brasileira até o ponto de ruptura social.
Enquanto o Brasil não entender que o golpe de 2016 foi dado para isso, para tirar do pobre e do remediado (classe média) o que os governos do PT deram e devolver aos ricos, a situação deste país continuará piorando.
Até onde? Só Deus sabe…