
Nos EUA, pessoas que recusaram vacina estão morrendo
Foto: Patrick T.Fallon/AFP
Apesar de ter quase metade da população totalmente vacinada contra a covid-19, os EUA têm enfrentado um aumento no número de casos, internações e mortes pela doença. Segundo autoridades locais e estudos divulgados recentemente, no entanto, os óbitos pela doença estão avançando basicamente entre pessoas não vacinadas. O avanço dos casos ocorre principalmente em estados em que o ex-presidente Donald Trump venceu nas eleições do ano passado, onde a imunização caminha a passos lentos.
De acordo com o site Our World in Data, 49,5% dos americanos já estavam completamente imunizados até quinta (5), mas as mortes diárias por covid-19 nos EUA estão subindo. Depois de registrar o menor número em 5 de julho (216 óbitos), exatamente um mês depois o país contou 456 mortos pela doença.
Estes óbitos, no entanto, estão ocorrendo praticamente apenas entre pessoas não vacinadas.
Em 18 de julho, o cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy — o responsável pela comunicação de saúde pública no país — afirmou à CNN que 99,5% das mortes por covid-19 no país estavam ocorrendo entre pessoas que não se vacinaram contra a doença.
No final de junho, um levantamento da agência de notícias Associated Press com base em dados do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), um órgão do governo, já havia mostrado que 99% das mortes recentes por covid-19 no país ocorreram entre não vacinados; e que apenas 1,1% das 107 mil hospitalizações por covid nos EUA em maio era de pessoas que haviam concluído o ciclo vacinal.
O país registrou nas últimas semanas aumento na taxa de hospitalizações de pacientes com covid-19. No momento, a média de internações está na média de 7 mil. Há dois meses, o indicador estava abaixo de 2 mil.
Os EUA registraram, em média, 89 mil casos de covid-19 por dia em julho. No mês anterior, a média ficou em 12 mil, de acordo com o CDC.
Ainda de acordo com o CDC, estados como Alabama, Mississipi, Arkansas, Geórgia, Tennessee e Oklahoma não têm nem 40% da população completamente vacinada. Esses são alguns dos estados onde Trump venceu nas últimas eleições.
O Texas e a Flórida, segundo mapa divulgado pelo jornal “New York Times”, têm diversas cidades com até 70% da população sem a vacinação completa. Segundo Jeff Zients, coordenador da resposta à pandemia na Casa Branca, um a cada três novos casos de covid-19 nos EUA na última semana de julho foi registrado nestes dois estados.
Na Flórida, o governador Ron De Santis se opôs a restrições rígidas para combater o coronavírus e publicou um decreto que proíbe a obrigatoriedade de máscaras nas escolas. Já o governador do Texas, Greg Abbott, publicou decreto que multa estabelecimentos que exijam o uso obrigatório do item. Ambos são do Partido Republicano, o mesmo de Trump.
Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a pedir para que os governadores destes dois estados sigam as orientações de saúde pública ou “saiam do caminho”.
“Alguns governadores não estão dispostos a fazer a coisa certa para vencer essa pandemia, e eles deveriam permitir que empresas e universidades que queiram fazer a coisa certa possam fazê-la”, disse Biden, sem se referir aos dois governadores pelo nome.
Segundo o “New York Times”, há 93 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da vacina nos EUA, mas optaram por não tomá-la. Estas são justamente as mais vulneráveis a desenvolverem uma forma grave da covid-19 causada pela variante delta, que é altamente contagiosa.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) já a classificou como uma das “variantes preocupantes” pela possibilidade de reinfectar em que já teve a doença ou até quem já recebeu a cobertura vacinal. A grande maioria dos casos novos, porém, é de pessoas que ainda não se vacinaram completamente com as duas doses.
De acordo com a organização, a variante já está presente em mais de 130 países, entre eles os EUA e o Brasil.
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