PSDB teme afundar se Alckmin se aliar a Temer na eleição
Alckmin preocupa seu partido. Acusado de crimes, ainda cogita aliança com o MDB de Temer, que ostenta mais de 90% de rejeição
O pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) disse que, se precisar, prestará contas novamente sobre o inquérito que apura se houve caixa dois em suas campanhas ao governo paulista.
Questionado sobre o pedido do procurador-geral de Justiça de SP, Gianpaolo Smanio, para avaliar qual instância tocará o caso, o tucano afirmou que “não tem problema”.
“Eu nem foro privilegiado tenho. Sou contra essa coisa de privilégio. Já prestei contas e, se precisar, a gente presta de novo”, afirmou Alckmin, nesta quinta-feira (10).
Em visita à feita supermercadista Apas Show, em São Paulo, o presidenciável brincou, quando perguntado se marcou encontro com o presidente Michel Temer para discutir eventual aliança entre PSDB e MDB.
“Estou tentando marcar um encontro com a Lu [sua mulher], porque faz dois dias que não chego em casa”, disse, sorrindo.
O tucano tem evitado se posicionar sobre alianças eleitorais. A aproximação entre ele e Temer gerou reação negativa, liderada pelo DEM, negativa. Partidos passaram a dizer que articulam uma chapa em contraponto.
Alckmin, como outras lideranças partidárias, diz que as definições serão conhecidas entre junho e julho.
O tucano disse que não marcou conversa com Temer, mas que o fará.
“Tenho conversado com quase todos os partidos. É importante. MdB é o maior partido. Não é um diálogo para fazer coligação, é sobre o momento político”, afirmou.
O tucano disse que encontrou no avião o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e eles ficaram de tomar um café em Brasília na semana que vem.
Com informações da Folha