As mudanças que Haddad fará na economia se for eleito
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, começou esta terça-feira (16) com uma conversa com jornalistas no saguão de um hotel em São Paulo.
Antes de responder às perguntas, o candidato do PT falou sobre planos para a economia. Haddad reforçou que a taxação de grandes fortunas faz parte do seu programa de governo. E afirmou que, se for eleito presidente, não vai manter nenhum integrante da equipe econômica do atual governo.
“Nós decidimos não manter ninguém da equipe econômica do Temer no nosso governo. Então, a partir do dia 1º de janeiro, a equipe do Temer sai e entra uma nova equipe. Nós não vamos manter ninguém do alto escalão da equipe econômica do Temer”, afirmou.
O candidato do PT também disse que, há muito tempo, é defensor da democracia e das liberdades individuais e que essas são premissas fundamentais de um eventual governo dele.
“Gestos eu fiz a vida inteira. Pela democracia, pela liberdade e isso desde o meu tempo de movimento estudantil. Eu sou um defensor árduo da democracia. Repudio qualquer forma de autoritarismo, acho que o Brasil corre risco […]. De maneira que eu estou onde eu sempre estive, a favor das liberdades”, declarou.
Fernando Haddad avaliou que a campanha do segundo turno começa agora, com o impacto dos programas eleitorais na televisão. Ele disse que a estratégia, nesta reta final, será diferente. Não revelou o que muda, mas repetiu que continua em busca de apoios.
“Eu tenho feito sondagens a pessoas que eu respeito, independentemente, de partido político. Convite eu ainda não fiz nenhum. Eu estou fazendo sondagens, estou conversando com pessoas de alta respeitabilidade. Quero fazer um governo o mais amplo possível, o Brasil precisa disso, mas eu não fiz ainda nenhum convite. Mas sondagens sigo fazendo. Ontem fiz, hoje farei. Para montar a melhor equipe que o país ja teve”, afirmou.
O último compromisso público do dia do candidato do PT foi na Central Única dos Trabalhadores (CUT). Fernando Haddad participou de um encontro com dois movimentos sociais: a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo.
Afirmou que os governos do PT sempre respeitaram todas as instituições e voltou a dizer que o partido reconhece os erros que cometeu.
“Às vezes, ficam dizendo: ‘Ah vocês nao admitem erros’. Admitimos sim. Mas nós admitimos erros, mas admitimos que o projeto que nós representamos é o projeto que vai tirar o país da crise e é o projeto que vai permitir que setores 500 anos esquecidos terão oportunidade de vencer na vida, de trabalhar, de estudar, de progredir”, disse.
Ele disse que os brasileiros vivem um momento de importância histórica.
“Nunca, em nenhum momento, uma instituição da República foi enfraquecida nos nossos governos. Nunca. Nenhuma instituição republicana nos nossos governos foi enfraquecida. Nós temos a tarefa histórica em nome de tudo que nós representamos. E nós não podemos nos deter diante da ameaça que é feita dia a dia nas ruas, de São paulo e do Brasil. Homens e mulheres não precisam andar armados pra se impor. E, se a gente quer segurança pública, é cobrar do estado segurança pública”, concluiu.
Do G1.