Admissão de Queiroz não vai livrar família Bolsonaro
A estratégia de fazer Fabrício Queiroz admitir todas as supostas irregularidades de que é suspeito, revelada ontem pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, para livrar a família Bolsonaro de qualquer dor de cabeça, não tem futuro. Alguns fatos descobertos pelo Coaf são de responsabilidade exclusiva de Flávio, Michelle e Jair Bolsonaro, e não podem ser ignorados por uma eventual admissão de Queiroz.
Eis alguns pontos que exclusivamente a família Bolsonaro terá que responder, sem a ajuda de Queiroz, tão logo Marco Aurélio decida que será o MP do Rio de Janeiro a investigar o escândalo.
– Os R$ 24 mil depositados por Queiroz em cheque para Michelle Bolsonaro foram mesmo o pagamento de um empréstimo feito por Jair ao PM? Empréstimo para quê? Por quê? Michelle e Jair têm como provar essa versão?
– Por que os 48 depósitos fracionados feitos por Flávio, cujas datas divergem daquelas em que Flávio recebeu pelo imóvel que vendeu ao ex-jogador de vôlei de praia Fabio Guerra, não foram feitos no banco, mas sim no caixa eletrônico?
– Por que os pagamentos deste imóvel foram em espécie? – Por que Flávio Bolsonaro homenageou um miliciano? Por que empregou seus parentes em seu gabinete?
– Flávio não controlava os funcionários de seu gabinete? Se controlava, porque a filha de Queiroz era personal trainer e ao mesmo tempo estava lotada no gabinete? O que afinal ela fazia em seu gabinete?
Da Época