Mídia “embaralha” decisão do STF para esconder fracasso do golpe

Na última terça-feira (13), o golpismo terceiro-mundista-latino-americano – que, no Brasil, pôs o bloco na rua – sofreu um duro revés. Eduardo Cunha e o PSDB haviam montado um esquema golpista na Câmara para “contornar” a Constituição e tirar Dilma do cargo imediatamente. É muito simples entender como o STF desmontou essa estratégia e como a mídia tenta impedir que você entenda. Basta ler este post. É curtinho, curtinho.

Acusador do filho de Lula é pau-mandado de Eduardo Cunha, ora bolas!

“Baiano (…) reconhece suas relações com o presidente da Câmara. Mas não entrega nada arrasador contra Cunha”, diz a “notícia” de meia dúzia de linhas escrita por um ex-pistoleiro da Veja e publicada no jornal que Lula está processando. A notinha irresponsável acusa o maior líder político brasileiro sem maiores informações. Eis que, na internet, a suposta acusação do pau-mandado daquele que talvez seja o maior inimigo do PT (Cunha) já condena Lula sem julgamento, sem juiz, sem juri e sem defesa. Não é para a gente perder a paciência? Não é revoltante? Mas, pensando bem, esse é um conhecido método fascista. Faz sentido ser usado durante surto de fascismo que assola a nação

O que sabe Eduardo Cunha sobre o PSDB?

Apesar do silêncio da mídia sobre Eduardo Cunha – conforme acusou a ombudsman da Folha -, a revolta contra sua cara-de-pau explodiu nas redes sociais – o que, aliás, mostra que a mídia não interdita mais assunto algum, atualmente. Ora, por que o PSDB se submeteria ao desgaste de continuar apoiando Cunha? É óbvio que não é só ele que pode conduzir tentativa de golpe contra Dilma. Agora, surgem explicações sobre por que demos e tucanos protegem tanto Cunha.

Eduardo Cunha chega a dar saudade de Severino Cavalcanti

Em setembro de 2005, o deputado pelo PP do Rio Grande do Norte, Severino Cavalcanti, perdeu o cargo de presidente da Câmara porque o dono de um restaurante que lá funcionava o acusou de cobrar 10 mil reais para não fechar o estabelecimento. Em setembro de 2015, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é o político que mais sofreu acusações de delatores da Operação Lava Jato (5 delatores o acusaram de ter recebido 5 milhões de dólares) e não existe o menor risco de perder o cargo. Precisa dizer mais?

Gilmar Mendes volta a dar razão a Joaquim Barbosa

O pedido de Gilmar Mendes ao Procurador Geral da República para investigar as contas de campanha de Dilma não passa de encenação para criar um fato político. Parece lícito supor que tenha combinado isso na reunião que teve com Eduardo Cunha no mês passado, quando a imprensa disse que ambos discutiram o impeachment de Dilma. Gilmar volta a dar razão a Joaquim Barbosa, que o acusou de “estar destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro”

Sem provas contra Dirceu e Anastasia, um é preso e outro “inocentado”

Como escrevi em 2012, quando Dirceu, Genoino e companhia foram presos pela primeira vez, agora, no Brasil, são quatro os pês passíveis de prisão: pretos, pobres, prostitutas e petistas. Após a direita midiática dizimar o PT, a mesma máquina usada hoje para transformar suspeitas em condenações transformará suspeitas em absolvições. Essa máquina, porém, manterá uma tecla para lhe inverter a rotação. Se algum esquerdista ascender no cenário político, bastará mudar a chave que meras suspeitas voltarão a condenar.

Republicanismo do PT veio para ficar; briga de Cunha é com o MP

Lula e Dilma poderiam ter colocado cupinchas na Procuradoria Geral da República, na Polícia Federal ou no Supremo. FHC e seus antecessores nomeavam apaniguados para os órgãos de controle. Os petistas poderiam ter feito o mesmo. Não teria havido julgamento do mensalão ou Operação Lava Jato. Mas é isso que o Brasil espera de um governante sério, que acoberte a si mesmo?

Quem tem Cunha, tem medo; ao PMDB só resta a legalidade

Ao PMDB só resta ter muito juízo e não entrar na tática camicase de Eduardo Cunha e na do impeachment de Dilma. O partido tem muito a perder com uma ruptura institucional. Quase tanto quanto o PT. Na linha sucessória da Presidência, o PMDB tem o segundo, o terceiro e o quarto lugares. Se houver golpe, é muito provável que nenhum peemedebista assuma e que a Presidência acabe na mão do presidente do STF, Ricardo Lewandowski. O PMDB chegou aonde chegou graças ao seu pragmatismo. Não é um partido de tolos. Não vai se suicidar só para ajudar Eduardo Cunha.