Na Câmara, oposição cobra investigação do escândalo Queiroz e família Bolsonaro

O clima ficou tenso quando o deputado Valmir Assunção (PT-BA), que está em seu terceiro mandato, rebateu críticas aos governos petistas e cobrou explicações sobre o caso envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu motorista Fabrício Queiroz, que são alvos de investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre movimentações financeiras consideradas “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Mulher de miliciano entrou depois de Queiroz na equipe de Flávio

Em discurso de 2007, Flávio disse que “não se pode, simplesmente, estigmatizar as milícias, em especial os policiais envolvidos nesse novo tipo de policiamento, entre aspas”. Para o filho do presidente da República, “a milícia nada mais é do que um conjunto de policiais, militares ou não, regidos por uma certa hierarquia e disciplina, buscando, sem dúvida, expurgar do seio da comunidade o que há de pior: os criminosos”.

A conexão entre os Bolsonaros, o laranja Queiroz, as milícias e o assassinato de Marielle

Hoje, enquanto a polícia investiga a participação de milicianos de Rio das Pedras (favela na Zona Oeste do Rio) na morte da vereadora Marielle Franco, é inquietante olhar em retrospecto as moções de louvor que Flávio Bolsonaro apresentou na Assembleia Legislativa do Rio em nome do ex-policial Adriano Magalhães da Nóbrega e do ex-capitão do Bope Ronald Paulo Alves – ambos alvo, na manhã desta terça-feira (22), da Operação Os Intocáveis , que investiga a compra e venda de terrenos invadidos, agiotagem, extorsão e pagamento de propina na região de Rio das Pedras.