Nove dias de fúria midiática – irracionalidade e cizânia
No momento em que escrevo, ainda faltam nove dias e cerca de seis horas para encerrar o processo que determinará os rumos do Brasil pelos próximos quatro anos.
E o que é que estamos fazendo? É de um ridículo atroz o que este país está vivendo nesta campanha eleitoral à Presidência. Se às vezes não fosse engraçado, eu choraria
O Brasil tem 8 trilhões de dólares enterrados em seu litoral e fica discutindo se o que atingiu Serra foi bolinha de papel ou fita crepe.
Enquanto o país tem os dois maiores eventos do esporte mundial para acontecer dentro de alguns anos, ficamos discutindo o aborto.
Enquanto atingimos o pleno emprego, sem inflação, com indicadores sociais subindo, continuamos discutindo a vitimização de José Serra.
Uma concessão pública de rádio e tevê, que também é a maior, sai em defesa de um candidato comprando e vendendo todas as suas acusações.
A violência explode nas ruas por divergências políticas em um país que está enriquecendo, diminuindo a miséria e a pobreza como nunca.
E os que criam esse clima de caos em um país que se torna um dos mais importantes ainda criticam o que fomentam com seus jornais e TVs.
O clima de hostilidade no Brasil deixa o mundo perplexo e se perguntando se não somos nós que não estamos sabendo lidar com o sucesso.
Quem teria autoridade moral, neste mundo, para proferir palavras que nos trouxessem de volta à realidade?
A cizânia que se forma em nossa sociedade pode ser compensada pela conquista do poder a qualquer preço, senhor Serra e senhora mídia?