Dilma: “Expulsão de Katia Abreu do PMDB é uma violência”

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A senadora por Tocantins, Katia Abreu, já foi uma figura execrada pela esquerda. Em dezembro de 2014, pouco após a eleição em que Dilma Rousseff se reelegeu, intelectuais de esquerda e representantes de movimentos sociais criaram um abaixo-assinado no qual cobraram da presidente “coerência” entre o discurso de campanha e as práticas de governo.

Esse abaixo assinado, inclusive, foi a deixa usada pelos movimentos de extrema-direita para desencadear o discurso do “estelionato eleitoral”, que ainda ganharia reforço da mesma esquerda no limiar do segundo mandato de Dilma.

Passados cerca de três  anos daquele abaixo assinado, tudo mudou. Hoje, à esquerda, todos reconhecem que nunca houve justificativa para a celeuma que se armou em torno de Katia Abreu. Ela acabou sendo a pessoa mais fiel à ex-presidente durante o suplício dela durante o ano que precedeu o golpe que a derrubou.

Nesta sexta-feira (24), Dilma criticou duramente a decisão do Conselho de Ética do PMDB de expulsar a senadora Kátia Abreu (TO). Prestando solidariedade a aliada, a petista disse que a punição dada à parlamentar “é um jogo de cartas marcadas” e uma “violência” imposta pelo “grupo que se apossou do PMDB”.

Kátia Abreu foi ministra da Agricultura no governo Dilma, votou contra o impeachment da ex-presidente e, nos últimos meses, foi de encontro às reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB).

Segundo a ex-presidente, a resposta ao PMDB sobre a punição da senadora virá das urnas em 2018. “Todos os tocantinenses terão oportunidade de homenagear a sua competência, coragem e decência em 2018”, previu.

Ao comentar sobre o assunto, Dilma ainda destacou que Kátia Abreu honrou o cargo de ministra e “se posicionou contra o impeachment fraudulento que derrubou o governo eleito e está lutando contra todos os retrocessos sociais e econômicos impostos pelo golpe”.