Pesquisa explica por que a perseguição a Lula escandaliza o mundo

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Em dezembro, Lula teve seu sexto mês seguido de melhora na avaliação, chegando a 45% de aprovação. No mesmo mês, o diário inglês The Guardian publica matéria em que diz que Temer é corrupto e que o impeachment de Dilma não foi pelas razões alegadas, mas para impedir o combate à corrupção.

Um trecho da matéria é bastante ilustrativo:

Temer foi acusado de corrupção, agressão e obstrução da justiça. No entanto, não houve nenhum dos imensos protestos de rua contra a corrupção que ajudaram a impulsionar o impeachment de [Dilma] Rousseff sob as acusações de quebrar as regras de orçamento”.

O processo pelo qual Lula foi condenado está sendo esquadrinhado em todas as partes do mundo. Não é só uma massa humana gigantesca que não acredita nas acusações da Lava Jato contra Lula. Qualificados juristas de todas as partes do mundo garantem que o processo contra Lula é uma farsa engendrada para anulá-lo politicamente.

Agora, uma pesquisa encomendada pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que Lula atingiu o ápice de aprovação na série histórica das pesquisas Barômetro Político, enquanto outros possíveis candidatos, como Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSC), sofrem desgaste na imagem.

Em dezembro, Lula teve seu sexto mês seguido de melhora na avaliação, chegando a 45% de aprovação. A parcela da população que o desaprova, no entanto, ainda é maior: 54%.

O levantamento do Ipsos, porém, não estima as chances eleitorais dos presidenciáveis. A pesquisa mede apenas as taxas de aprovação e desaprovação de uma lista de personalidades, a maioria do mundo político.

Em junho, o ex-presidente era aprovado “um pouco” ou “totalmente” por 28% dos brasileiros, segundo o instituto. Nos meses seguintes, a taxa passou para 29%, 32%, 40%, 41%, 43% e, finalmente, 45%. Já a desaprovação caiu 14 pontos porcentuais desde junho.

Para Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos, a mudança de percepção sobre o ex-presidente está vinculada à crise da rede de proteção social no País. “Lula é bastante associado a causas sociais, e essa associação é relevante em um momento de degradação do emprego, da economia e dos programas de assistenciais e de fomento de políticas públicas de combate à desigualdade, que vem aumentando no Brasil”.

Sobre os outros candidatos, Geraldo Alckmin aparece na pesquisa Ipsos com 19% de aprovação e 72% de desaprovação. No levantamento do mês anterior, as taxas eram, respectivamente, de 24% e 67%. Isso significa que o governador paulista teve deterioração na imagem no momento em que se preparava para assumir a presidência do PSDB.

Jair Bolsonaro, que tem aparecido em segundo lugar em pesquisas de intenção de voto, atrás de Lula, é aprovado por 21% e reprovado por 62%, segundo o Ipsos. Houve piora de suas taxas em relação aos dois levantamentos anteriores.

A mesma tendência foi observada nos números relativos a Marina Silva, vista favoravelmente por 28% e desaprovada por 62% – desde outubro, a aprovação caiu oito pontos.

No mesmo período, a aprovação a Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal e citado como possível presidenciável pelo PSB, caiu onze pontos, de 48% para 37%.

Metodologia

A pesquisa Ipsos não é de intenção de voto. O que os pesquisadores dizem aos entrevistados é o seguinte: “Agora vou ler o nome de alguns políticos e gostaria de saber se o (a) senhor (a) aprova ou desaprova a maneira como eles vêm atuando no País”.

O Barômetro Político Estadão-Ipsos é uma pesquisa mensal que monitora a opinião da população sobre personalidades do mundo político e jurídico.

Nenhum presidenciável tem taxa de aprovação maior do que a de desaprovação. Dos 24 nomes monitorados em dezembro, apenas Luciano Huck tem avaliação positiva superior à negativa. O apresentador já anunciou que não vai disputar a Presidência.

Na primeira quinzena deste mês, foram feitas 1.200 entrevistas em 72 municípios do País – a margem de erro é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.