Pesquisa Ipsos faz pesquisa Ibope sobre Temer cheirar mal

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No mesmo dia (quarta-feira, 20 de dezembro de 2017), duas pesquisas revelam dados diametralmente diferentes sobre a popularidade de Michel Temer.

Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que o percentual de brasileiros que avaliam o governo Michel Temer como ruim ou péssimo é de 74%.

No último levantamento, divulgado em setembro, esse percentual foi de 77%, quando o índice atingiu o pior resultado desde o fim da ditadura.

Ainda de acordo com a pesquisa divulgada hoje, 6% avaliam o governo Temer como ótimo ou bom. Há três meses, esse percentual era de 3%. Outros 19% consideram o governo regular, ante 16% na pesquisa de setembro.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O percentual dos entrevistados que disseram não saber avaliar o governo ou não quiseram responder foi de 2%.

Por outro lado, a nova edição da pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos, divulgada nesta quarta (20/12/17), mostra que Michel Temer bateu mais um recorde e já se aproxima dos 100% de rejeição entre os brasileiros. No levantamento, Temer é reprovado por 97% dos brasileiros.

Um detalhe: a pesquisa Ipsos não é de intenção de voto. O que os pesquisadores dizem aos entrevistados é o seguinte: “Agora vou ler o nome de alguns políticos e gostaria de saber se o (a) senhor (a) aprova ou desaprova a maneira como eles vêm atuando no País”.

Ou seja, a pesquisa Barômetro Político, do Ipsos, é uma pesquisa focada, EXCLUSIVAMENTE, na rejeição ou na aprovação dos políticos.

Então ficamos assim: uma pesquisa aponta que a rejeição de Temer diminuiu, ainda que 3 pontos percentuais sejam muito próximos à margem de erro, de 2 pontos percentuais. Porém, outra pesquisa diz que a rejeição ao mesmo Temer não apenas subiu como essa rejeição está atingindo a unanimidade.

E aí? Bem, a pesquisa Ibope foi feita para a Confederação Nacional da Indústria. E daí? Bem, ano passado o Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, patrocinou um evento junto com Temer para defender que o governo implementasse “mudanças duras”, como a reforma da previdência e alterações na legislação trabalhista. Citou como exemplo a França, dizendo que o país aprovara jornada de trabalho de até 80 horas semanais e de 12 horas diárias para empregados. Ao mesmo tempo, colocou-se contra o aumento de impostos.

Em 2017, Temer fez tudo que Robson Braga exigiu, do que decorreu que a bancada da indústria no Congresso votar maciçamente  a favor do presidente para que o STF não pudesse levar adiante o processo contra ele por corrupção e formação de quadrilha.

Agora, no momento em que a mídia tenta vender uma tal “melhora” na economia, apesar das leis trabalhistas e do teto de gastos públicos que estão empobrecendo os brasileiros em velocidade supersônica, a mesma Confederação da Indústria do mesmo Robson Braga de Andrade encomenda uma pesquisa que mostra uma melhora infinitesimal na popularidade de Temer, mas que tentarão vender como início de uma “grande” melhora.

Detalhe: eles já tentaram isso antes e não deu certo, a popularidade de Temer continuou piorando, apesar de que não dá para piorar mais do que 100% de rejeição.

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