Gebran deu pena debochada a Lula por ser amigo íntimo de Moro

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A decisão do desembargador João Pedro Gebran Neto contra o ex-presidente Lula já era prevista. Segundo matéria do Estadão, o desembargador e Moro têm uma antiga e sólida amizade desde que eram garotos, na década de 1990.

Segundo a matéria, Moro e Gebran são “bons amigos” desde o final da década de 1990. Foram unidos por “questões pessoais e familiares” e por “livros jurídicos”. Mais tarde, “dedicaram-se a escrevê-los, cada qual por si, desde os respectivos mestrados, na Universidade Federal do Paraná, transformando as dissertações em livros algum tempo depois da aprovação”.

Quem revelou a ligação entre os dois autores foi Gebran Neto – o hoje desembargador da 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), a que julga os recursos às decisões tomadas na primeira instância da Operação Lava Jato pelo juiz Moro.

“Desde minhas primeiras aulas no curso de mestrado encontrei no colega Sérgio Fernando Moro, também juiz federal, um amigo”, escreveu Gebran no segundo parágrafo dos agradecimentos do livro. “Homem culto e perspicaz, emprestou sua inteligência aos mais importantes debates travados em sala de aula, até instigando-me ao estudo da aplicação imediata dos direitos individuais e coletivos. Nossa afinidade e amizade só fizeram crescer nesse período, sendo certo que colaborou decisivamente com sugestões e críticas para o resultado desse trabalho.”, disse Gebran

O último elogio não foi retórico. A obra de Moro é citada positivamente nas páginas 183, 184, 187, 191 e 192 do livro de Gebran. Uma delas é a nota de pé de página número 56: “Em excelente monografia, Sérgio Fernando Moro expressa que o mito da separação de poderes não merece a força que lhe emprestam comumente”, registra Gebran, com uma longa citação de  Desenvolvimento e efetivação judicial das normas constitucionais, o segundo livro de Moro, publicado em 2001 pela editora Max Limonad.

O tom reverente ao amigo é constante em todas as citações.

Moro foi de igual reconhecimento em sua tese de doutorado Jurisdição constitucional como democracia, de 2002. “Menção especial merece o amigo João Pedro Gebran Neto, que desenvolveu, em paralelo, trabalho de cunho semelhante e que culminou na publicação da instigante obra Aplicação imediata dos direitos e garantias individuais”, escreveu nos agradecimentos.

Moro e Gebran, amigos de infância, uniram também no ataque ao ex-presidente Lula. Gebran fez uma homenagem ao deboche de Moro ao defeito físico do ex-presidente, a quem chama, privadamente, de  “nine” (em alusão ao dedo que Lula perdeu no chão de fábrica). Gebran aumentou a pena de Moro, que era de 9 anos e 6 meses de prisão contra Lula, para 12 anos e um mês de prisão de reclusão, totalizando 13 anos.

Essa história de 12 + 1 é um deboche dos que criticariam uma pena de 13 anos em alusão ao número eleitoral do PT.

Tudo nesse processo é vil, tudo é irregular, mas a falta de seriedade de Gebran Neto com a Justiça e com o povo brasileiro ao proferir a “dosimetria” da pena de 12 anos mais 1 ano para totalizar o número eleitoral do partido de Lula é uma bofetada nos milhões de brasileiros que apoiam o ex-presidente e que não são acusados de crime nenhum, além de também pagarem o salário desse sujeito