Acordo com caminhoneiros assusta o “deus mercado”

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O fato mais importante da greve dos caminhoneiros é a rendição do governo, que põe abaixo o ultra neoliberalismo tucano-emedebista e da mídia. Os reajustes diários de preços de Pedro Parente desabaram e com eles todo ideário neoliberal que tentam impor ao país

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Da Folha

Coluna Painel

Pontos do acordo que Temer propôs aos caminhoneiros preocupam órgãos do governo. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), por exemplo, vê com extrema desconfiança o nivelamento de preços por meio de uma tabela de referência para fretes.

No formato apresentado pelo Planalto, essa tabela seria atualizada trimestralmente. Integrantes do Cade dizem que a proposta é um verdadeiro retrocesso e que pode levar a um “cartel institucionalizado”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as Federações das Indústrias também são contra o tabelamento de frete. Na avaliação das entidades, a fixação de preços mínimos infringe o princípio da livre-iniciativa e é ineficaz: não corrige o problema de excesso na oferta de caminhões.

Para a CNI, a fixação de preços mínimos do frete levará ao aumento geral dos custos, em função da alta dependência de rodovias para o transporte de cargas e dos “riscos associados à indexação em um país com memória de alta inflacionária”.