Caminhoneiros mutilaram o neoliberalismo tupiniquim

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Não vou dizer que apoio a greve dos caminhoneiros porque sei que não há santos nessa história. As empresas transportadoras que o digam.

Mas o fato é que a política de preços do presidente da Petrobras, Pedro Parente, para os combustíveis integra um ideário político-ideológico antipopular, imoral e do qual faz parte, por exemplo, a reforma trabalhista.

E qualquer coisa que tenha qualquer relação com a reforma trabalhista tem que ser execrada.

A política de reajustes de preços da Petrobrás é uma determinação do mercado aos despachantes que o golpe colocou no poder, tais como Michel Temer e Parente.

Os reajustes diários nos preços engordam os bolsos dos acionistas e estimulam a importação. É uma política neoliberal e encetada em detrimento do interesse nacional.

A greve dos caminhoneiros teve o condão de mostrar que o Brasil real não aceita medidas ultraliberais e que qualquer tentativa de adotá-las acabará chutando os seus autores para fora do poder.

Os trabalhadores, atingidos na carne pela reforma trabalhista, não têm força para promover uma greve que pare o país como os caminhoneiros, mas têm título de eleitor e é com ele que, em outubro e novembro, mostrarão que o Brasil ao qual Lula deu dignidade e esperança durante oito anos, não aceitará menos.

Nunca mais.