40% dos eleitores de Aécio em 2014 votarão em Bolsonaro

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O colunista da Folha de SP Bruno Boghossian divulga, neste domingo 26, coluna sobre as chances eleitorais cadentes de Geraldo Alckmin. Análise sobre tucanos na Folha é sempre terreno minado, de modo que o colunista se esforça para não ser totalmente negativo, mas oferece dados que mostram que é impossível ser otimista quanto às chances de Alckmin.

Na verdade, sendo justo, apesar de Alckmin ser um péssimo político do ponto de vista do carisma e da capacidade de liderança – um político que só se cria em SP devido ao apoio descarado da mídia –, ele nem é totalmente culpado por sua candidatura não deslanchar.

No texto em questão, o colunista da Folha revela que “o tucanato perdeu espaço para Jair Bolsonaro” porque “mais de 40% dos apoiadores do deputado do PSL votaram em Aécio na última eleição” presidencial.

A afirmação é importantíssima porque revela o nível do eleitorado que se contrapôs ao PT nas últimas quatro eleições presidenciais. Note-se que, sem a extrema-direita neonazista brasileira, o PSDB se torna um partido pequeno e pouco relevante.

O colunista em tela cita que não se pode menosprezar Alckmin devido à grande aliança eleitoral de direita que se formou em torno de si, à quantidade gigantesca de dinheiro que será despejada em sua campanha e ao maior tempo de televisão entre todos os candidatos, mas o eleitorado disponível para Alckmin crescer já está mais do que engajado na campanha fascista de Bolsonaro.

Muitos lamentam a existência de Bolsonaro, ou o fortalecimento do vingador da extrema-direita, mas, na avaliação desta página, é mais seguro para a sociedade ter bem identificado o partido, o candidato e o eleitorado desse extremo da política.

Quando o PSDB disputou eleições presidenciais com o eleitorado de extrema-direita embutido, dizia-se “social democrata” apesar de cerca de metade desse eleitorado ser adepto de tudo que é perversão possível e imaginável – tortura, assassinatos, violência policial, misoginia, racismo etc., etc. Agora, esse grupo social pervertido está bem identificado.

Além disso, quem não prefere saber quais pessoas de seu círculo de relações sociais ou familiares apoiam todas as perversões bolsonarianas? Saber quem apoia um pervertido que estimula crianças a serem violentas permite excluir tais pessoas de suas relações.

Confira, a seguir, a coluna de Bruno Boghossian na Folha de São Paulo

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