Presidente do PT rechaça conversas privadas de Haddad com “mercado”

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A informação de que o economista Marcos Lisboa cairia como uma luva no Ministério da Fazenda em um eventual governo de Fernando Haddad causou ruído no PT. Ele defende, por exemplo, a autonomia do Banco Central.

Assessores diretos de Haddad afastam a possibilidade e dizem que ele sequer está pensando na formação de uma equipe econômica.

Em conversas com investidores, no entanto, pessoas próximas do petista sinalizaram que Haddad, com a concordância de Lula, tende a indicar um nome que dialogue com o mercado para comandar a economia.

O petista, por sinal, deu entrevista na quarta (12) ao britânico “Financial Times”.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que, apesar da turbulência diante da possibilidade de o partido ir para o segundo turno, não é hora de dedicar tempo aos operadores financeiros.

“O mercado já nos conhece. Não precisamos fazer essa interação. Não são a nossa prioridade. E foi o mercado, afinal, que jogou o país no caos em que nós estamos”, diz ela.

A hora, afirma a petista, é de Haddad evitar “as agendas fechadas, com núcleos de poder, e ir para as ruas tomar banho de povo”.