Erros do PSL e propaganda do PT são motivos para a queda de Bolsonaro

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Dirigentes de siglas que apoiam Jair Bolsonaro (PSL) atribuem a queda na intenção de votos detectada pelo Datafolha a uma série de fatores, entre eles a retórica explosiva do presidenciável e de seus filhos e a subida –acertada e efetiva, admitem– de tom da propaganda do PT. Esses políticos dizem não acreditar que Fernando Haddad tenha tempo para virar o jogo, mas preveem uma vitória menos confortável do que a que se desenhava inicialmente. Mais: acham que isso é bom.

Dirigentes do DEM e do centrão acreditam que, quanto menor a vantagem de Bolsonaro, mais rápido ele vai entender que precisará fazer concessões e negociar para governar.

Integrantes do PSL acreditam que as propagandas do PT que falam de tortura surtiram efeito no eleitorado. Bolsonaro elogia e defende a biografia do coronel Brilhante Ustra, um dos mais cruéis torturadores da ditadura.

O PT exibiu depoimentos como o de Amelinha Teles, presa e torturada pelo coronel na ditadura. Ela foi espancada sem roupas e levou choques genitais. Quando Ustra achou que ela estava suja e machucada, levou os filhos da militante, pequenos, para vê-la na sala de maus-tratos.

O novo Datafolha reacendeu a esperança de petistas, que passaram a ver um gesto de Ciro Gomes (PDT) como fundamentalpara uma mudança maior no cenário. Ele desembarca no Brasil às 20h40 desta sexta (26).

Detalhamento da pesquisa mostra que 15% dos eleitores que optaram pelo pedetista no primeiro turno ainda não sabem em quem votar. Além disso, um aceno forte de Ciro e de líderes do PSDB a Haddad poderia dar tração a um movimento de indecisos na direção do petista.

No encontro com dirigentes do PT nesta quinta (25), Lula disse que Haddad não pode sair das ruas até o fim da campanha. Ele também pediu que a direção do partido faça um agradecimento à militância que está defendendo a sigla.

No sábado (27), véspera da eleição, o PT fará um ato em Curitiba para comemorar o aniversário de 73 anos do ex-presidente.

Com o resultado das pesquisas, a equipe que faz a propaganda de Bolsonaro decidiu unir em uma peça só tudo o que agrega rejeição ao PT para levar ao ar no horário eleitoral desta sexta (26).

Apesar da preocupação do candidato com o encolhimento da vantagem, assessores asseguram a ele que há “votos escondidos”.

Líder da frente de ruralistas, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) disse a operadores do mercado financeiro que Bolsonaro está começando a se convencer de que a negociação com parlamentares por nichos, sem os partidos, não vai dar certo.

Os diversos recuos registrados pelo presidenciável do PSL ao longo desta semana foram relevados pelo mercado. A avaliação é a de que ele está flexibilizando promessas porque está em campanha, mas que depois a linha liberal na economia vai reinar.

Depois que Haddad levou questionamentos sobre propostas de Bolsonaro para a educação à TV, a área apareceu pela primeira vez entre os três termos mais mencionados por usuários do Twitter, segundo levantamento da FSB Comunicação. O estudo tabulou mais de 27 milhões de postagens dos dias 18 a 25.

A disputa acirrada pelo governo de São Paulo –João Doria (PSDB) tem 52% e Márcio França (PSB) 48%– fez com que as duas campanhas tratassem o debate da TV Globo, nesta quinta (25), como decisivo.

Após o polêmico vídeo que atingiu Doria –e que peritos contratados pelo tucano dizem ser montagem– França gravou propaganda em que diz que “quer ser o governador da família”.

Da FSP