PT e PSOL criticam discurso presidencial
Partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro, PT e PSOL decidiram que suas bancadas no Congresso não iriam participar da cerimônia de posse presidencial nesta terça-feira. Os parlamentares e as principais lideranças de esquerda não compareceram à Brasília, mas usaram as redes sociais para comentar os preparativos, a cerimônia e criticar o discurso de Bolsonaro.
Derrotado na eleição presidencial com a candidatura de Fernado Haddad, o PT divulgou uma nota na sexta-feira informando que o partido justifica que faltou “lisura no processo eleitoral”, critica a proibição da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e diz que houve “manipulação criminosa” das redes sociais para difusão de notícias falsas contra seu candidato.
O PSOL O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, informou também, no Twitter, que a bancada do partido não estará presente na posse de Bolsonaro.
“Como é de praxe, o TSE convidou toda a bancada do PSOL para a posse do novo presidente. Mas como prestigiar alguém que despreza os direitos humanos, promete colocar o Brasil de joelhos diante dos EUA e destruir os direitos sociais? Não vamos à posse. Nossa resistência já começou”, escreveu.
O candidato do PSOL à Presidência nestas eleições, Guilherme Boulos, criticou o discurso de Bolsonaro no Congresso Nacional. Coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo, Boulos diz que estará “vigilantes para garantir o respeito à constituição, as liberdades democráticas e os direitos sociais”.
O senador Humberto Costa (PT-PE) participa da cerimônia de posse do Governador Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco. O petista também criticou o discurso de Bolsonaro e escreveu, no Twitter, que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff se encerra nesta terça-feira.
Deputada federal reeleita, Erika Kokay (PT) escreveu que “ideologia de gênero”, “Escola da Mordaça” e a “posse de armas” estarão “no centro da cruzada obscurantista que Bolsonaro vai liderar nos próximos anos”.
Jandira Feghali, deputada federal pelo PCdoB, criticou parte do discurso do vice-presidente Hamilton Mourão.
Em seu discurso de posse, Bolsonaro prometeu “construir uma sociedade sem discriminação ou divisão” . E afirmou que irá “libertar definitivamente” o Brasil “da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica”.
— Reafirmo meu compromisso de construir uma sociedade sem discriminação ou divisão — disse, em discurso com dez minutos de duração.
Do O Globo