Vetados pela Arábia Saudita por culpa de Bolsonaro, frigoríficos sentem queda nas ações

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As ações da (BRFS3) caíam mais de 3,5% nesta terça-feira (22) refletindo a notícia de que a Arábia Saudita, maior importadora de carne de frango do Brasil, desabilitou cinco frigoríficos da lista dos exportadores brasileiros para o país árabe.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, atualmente, 67 frigoríficos estão habilitados a exportar para a Arábia Saudita, mas apenas 30 efetivamente exportavam. Agora, restam 25. Entre as cinco unidades descredenciadas pelos árabes estão unidades da BRF e JBS.

Às 12h57 (de Brasília), os papéis da BRF caíam 3,67%, cotados a 23,59 cada um, liderando as perdas do Ibovespa na sessão. Enquanto isso, o principal índice da Bolsa recuava 0,13%, aos 95.881 pontos.

De acordo com pessoas do setor de avicultura ouvidas pela coluna Mercado Aberto, da Folha, a retirada de empresas brasileiras do mercado da Arábia Saudita pode ser o começo de barreiras econômicas colocadas devido intenção do presidente Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, em Israel.

A decisão da Arábia Saudita pega a BRF no meio de seu plano de recuperação, liderado pelo presidente de seu conselho de administração Pedro Parente. Mesmo antes da suposta barreira econômica, analistas já acreditavam que recuperação da empresa seria uma tarefa árdua.

Desde abril de 2018, quando assumiu o cargo, Parente tem repetido que “não vamos fazer pirotecnia.” A expectativa do presidente do conselho da BRF era de que a empresa parasse de piorar em 2018 e, se tudo desse certo, começaria a reverter a queda nas margens em 2019.

JBS sobe

Na contramão da BRF, as ações da JBS subiam nesta terça-feira. Às 12h57 (de Brasília), tinham alta de 1,82%, cotadas a 13,95 cada uma. Os investidores da JBS repercutem outra notícia que envolve a companhia nesta sessão.

Segundo a Reuters, o Ministério de Comércio da China aceitou uma proposta apresentada por exportadores brasileiros de carne e frango com o objetivo de encerrar uma disputa antidumping.

A decisão foi comunicada através de um relatório apresentado pelo Ministério de Comércio chinês, de acordo com declaração da sócia do escritório MPA Trade Law, Claudia Marques, à agência de notícias.

Da Exame