Carnaval 2019 será cruel com Bolsonaro
A situação do país está cada vez pior. E um dado importante que reflete essa piora da economia está na disparada da inadimplência das empresas em janeiro. E note-se que quem anunciou a desgraça foi o próprio governo, via Agência Brasil.
Diz a matéria que “O número de empresas com contas em atraso e registradas no cadastro de inadimplentes cresceu 5,91% em janeiro ante o mesmo período de 2018. Na comparação com dezembro de 2018, o avanço foi de 7,44%”
Diante do aumento dos problemas na economia e no social, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que o governo Bolsonaro está perdendo a batalha da comunicação. Os grupos de apoio a Bolsonaro nas redes sociais estão silenciosos, diz ele.
Eis a razão pela qual já se sabe que o Carnaval será cruel com Bolsonaro, seus filhos e seu governo. A festa mal começou e já se espalha o deboche sobre a família cômica que se elegeu em conjunto para impor uma agenda ridícula de homofobia e outros preconceitos em substituição à agenda crucial de enfrentamento dos graves problemas que o país enfrenta.
Bolsomínion, por exemplo, não terá vida fácil. Uma passista da escola de Samba Unidos da Vila Maria foi impedida de desfilar no carnaval de São Paulo neste ano. O motivo? Uma tatuagem. Ela tatuou no corpo Bolsonaro com a “arminha” nas mãos e a faixa presidencial.
E os blocos carnavalescos e escolas de samba já ensaiam protestos contra a onda de corrupção do governo Bolsonaro e contra suas propostas arrasadoras para os trabalhadores.
No fim de semana, um dos maiores blocos carnavalescos da cidade de São Paulo, o Acadêmicos do Baixo Augusta saiu às ruas e protestou contra Bolsonaro. A multidão gritava “Ei, Bolsonaro vai tomar no c.”
Já a escola de samba Paraíso do Tuiuti, que ano passado criou os “manifestoches” (manifestantes fantoches que serviram para derrubar Dilma para que empresários tirassem direitos dos trabalhadores) e o Vampirão neoliberal imitando Temer, neste ano tem um enredo em defesa do ex-presidente Lula e crítico a Bolsonaro.
No fim de samana, a Tuiuti distribuiu laranjas no ensaio oficial, com uma crítica aos laranjas da família Bolsonaro
Uma marchinha de Carnaval que está ressoando por todo o país diz que Bolsonaro integra o crime organizado, chamando-o de “miliciano”.
Em Belo Horizonte, como em São Paulo, no Rio e por todo país, o Carnaval se prepara para triturar o governo fascista valendo-se da piora que o país continua enfrentando dia após dia.
Passo a passo, o Brasil está acordando. E quanto mais cedo isso acontecer, melhor porque, enquanto o povo não estiver plenamente consciente do que Bolsonaro significa, isso permitirá a ele, como Temer, vender o patrimônio público a preço de banana e tirar direitos do povo para saciar a sede de injustiça social dessa elite podre que o “capitão” representa.
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