Enquanto o país afunda, Bolsonaro brinca de ditador
Cada ato, decisão ou declaração de membros do governo federal são de responsabilidade do presidente da República. Nesse contexto, o Ministério Público Federal acaba de acusar Bolsonaro de impor censura a estudantes, professores, servidores e famílias. Enquanto ele brinca de ditador, a economia desaba, o desemprego aumenta, o país afunda.
A situação da economia é dramática. Segundo o jornal Valor Econômico, é a 14ª vez, neste ano, que o mercado financeiro revê, para baixo, o crescimento do PIB, se é que haverá crescimento.
A media das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2019 caiu de 1,23% para 1,13% na pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central com estimativas coletadas até o fim da semana passada.
O desemprego atinge 13 milhões de brasileiros, o salário médio do trabalhador e o salário mínimo despencam. Sem ministério do Trabalho e com “flexibilização” de direitos trabalhistas, explode o número de empresas que contratam funcionários sem registro em carteira nem qualquer tipo de contrato d e trabalho.
Enquanto isso, em vez de o Ministério da Educação elaborar políticas públicas para aumentar o nível de empregabilidade dos brasileiros aprimorando o ensino público e suprindo a gigantesca carência das escolas públicas, empenha-se em cortar recursos da Educação enquanto divulga ameaças CRIMINOSAS contra estudantes, alunos, famílias dos alunos…
Não é à toa que o Ministério Público teve que adotar uma medida absolutamente inédita: deu prazo de dez dias para que o Ministério da Educação cancele a Nota Oficial emitida pela pasta no dia 30 de maio na qual ‘desautoriza’ pais, alunos, professores e funcionários a divulgarem ou estimularem protestos pelo direito à educação.
A medida consta em uma recomendação encaminhada na sexta, 31, ao ministro Abraham Weintraub. O texto solicita que o MEC promova IMEDIATA RETRATAÇÃO PÚBLICA quanto à publicação e divulgação da nota.
O ultimato do MPF ao ministro da Educação impressiona por pedir que O GOVERNO DO BRASIL pare de ameaçar cidadãos. O documento exige que o MEC:
“Abstenha-se de cercear a liberdade dos professores, servidores, estudantes, pais e responsáveis, pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários, de universidades públicas e privadas e Institutos Federais, incluindo análise, divulgação, discussão ou debate acerca de atos públicos, seja através de NOTA OFICIAL ou pela prática de qualquer outro ato administrativo”
Note bem: o MPF exige que o governo do país pare de censurar e ameaçar a sociedade à qual deveria servir. E governo que censura e ameaça cidadãos tem um nome: ditadura. Porém, até aqui as instituições estão funcionando. Bolsonaro e sua trupe de ministros-palhaços estão apenas brincando de ditadores. Enquanto o país afunda como o Titanic.
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