Para suprema vergonha do país, STF mantém Lula um preso político

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A condenação de Lula é marcada por um processo cheio de vícios. Restava ao STF corrigir a atrocidade. Hoje, porém, o tribunal cumpriu seu papel mais vergonhoso. Lula é preso político.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu analisar hoje dois processos que poderiam colocar em liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato desde abril de 2018. No primeiro, a Segunda Turma negou por 4 votos a 1 um habeas corpus contra a condenação de Lula no caso do triplex do Guarujá no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No segundo, por 3 votos a 2, o STF decidiu manter Lula preso. Cármen Lúcia deu o voto de desempate, negando a liberdade provisória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

É mais um dia de vergonha neste país.

A defesa de Lula acusa o ex-juiz da Lava Jato de “parcialidade” e de agir com “motivação política” ao condená-lo no caso do triplex e assumir depois um cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro.

Apesar do processo que traz essas alegações ter sido apresentado ao Supremo no ano passado, a defesa de Lula incluiu na ação conteúdo de supostas mensagens trocadas entre Moro enquanto era magistrado com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

As conversas, segundo o site, sugerem que o então juiz orientou investigações da operação. O ministro da Justiça de Bolsonaro, porém, tem afirmado não ser possível garantir a autenticidade das mensagens, pois apagou o aplicativo usado na época e não tem mais os registros. Ele nega também qualquer atitude contra a lei.

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores desembarcaram em peso no STF para acompanhar presencialmente a sessão. Entre os políticos que compareceram ao Supremo estavam os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA) e Humberto Costa (PT-PE), entre outros.

Com informações do Estadão.