Fachin sinaliza Lula livre e Moro suspeito

Destaque, Reportagem, Todos os posts

É altamente significativo recado que o relator da Lava Jato no STF mandou a Sergio Moro após ter sido mencionado na mega reportagem de Veja sobre a Vaza Jato divulgada na última sexta-feira, 5/7. Ministros do STF dizem que Fachin interromperá perseguição a Lula já em agosto.

O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, é um dos três ministros que vota sistematicamente contra Lula naquele Tribunal. Na última sexta-feira, porém, o ministro sofreu um duro golpe. Reportagem da Veja revelou que ele pode estar envolvido no escândalo da Vaza Jato.

Poucos dias antes, o Intercept revelou que Moro disse a frase “In fux we e trust”, decorrente de expressão em inglês “In God we trust” (Nós acreditamos em Deus). A frase foi entendida como indicativa de que o ministro do STF Luiz Fux, que também vota sistematicamente contra Lula, também manteve conluio com Moro.

Dias atrás, analistas de política previram que Fachin, à diferença de Fux, não aceitará ser envolvido no esquema de Moro, Dallagnol e cia. O site divergentes, pilotado pela ex-ministra da Secom de Dilma, Helena Chagas, relatou que Fachin sentiu-se profundamente incomodado com a denúncia da Veja envolvendo seu nome e pode pular do barco moro-bolsonarista.

Nesta segunda-feira, 8 de julho, O relator dos processos da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal) afirmou, em Curitiba, que juízes também cometem atos ilícitos e que esses magistrados devem ser punidos quando isso acontece, em um recado muito claro a Sergio Moro.

Fachin ressaltou que “ninguém está acima da lei”. Afirmou ainda que nenhum magistrado pode usar seu cargo para atender seus interesses pessoais ou ideologia. Fachin afirmou que o mesmo raciocínio vale para membros do MP (Ministério Público), em claro recado a Moro e Dallagnol.

Em agosto, o STF julgará o pedido de suspeição de Moro para julgar Lula. Fachin está sinalizando que deve interromper a Adesão automática ao antipetismo para se preservar das consequências de um escândalo que está cada dia mais perigoso para os envolvidos.

Confira a reportagem em vídeo