Até o partido de Bolsonaro está contra ele
Só piora a situação de Bolsonaro. Fora os EUA, os mais importantes países o odeiam. Também encrencou com a Receita Federal, com a Polícia Federal, com o Ministério Público, com a Câmara dos Deputados e, agora, com o seu partido, o PSL. Só falta virar inimigo de si mesmo
Em junho, após viagem à Europa para participar de uma reunião com líderes do velho continente, Bolsonaro classificou como “um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos” o pacto comercial fechado naquele 28 de junho entre o Mercosul e a União Europeia.
“Histórico!”, escreveu ele no Twitter. “Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia.” Bolsonaro elogiou as participações do chanceler Ernesto Araújo e dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Tereza Cristina, nas negociações que levaram ao acordo.
Histórico! Nossa equipe, liderada pelo Embaixador Ernesto Araújo, acaba de fechar o Acordo Mercosul-UE, que vinha sendo negociado sem sucesso desde 1999. Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 28, 2019
Um mês depois, Bolsonaro tomou as seguintes atitudes:
1 – Cancelou reunião com ministro das relações exteriores francês e publicou ‘live’ cortando o cabelo no mesmo horário
2 – Insultou a Alemanha dizendo que o país financiava combate ao desmatamento da Amazônia para “comprar a Amazônia à prestação”
3 – Disse que se a oposição vencer a eleição presidencial na Argentina, neste ano, o Brasil pode sair do Mercosul
Bolsonaro também Arrumou encrenca:
- Com a Polícia Federal
- Com a Receita Federal
- Com o Ministério Público Federal
- A Câmara dos Deputados
- Com o próprio partido dele, o PSL.
Não, não estamos brincando. Bolsonaro arrumou tanta encrenca com seu partido que esse o colocou em uma “sinuca de bico” ao ajudar a aprovar a lei de Abuso de Autoridade.
Com isso, o PSL colocou Bolsonaro na seguinte situação:
Se ele vetar a lei que enfureceu seus seguidores “lavajatistas” a fim de agradá-los, o Congresso, que apoiou a lei por grande maioria, derrubará o veto. Se não vetar, estará se indispondo com os bolsomínions todos, que, antes de tudo, são moromínions, fãs dos abusos da Lava Jato.
Resta saber quanto tempo vão deixar esse sujeito afundando o país, destruindo o meio-ambiente, direitos dos trabalhadores, a paz social, a imagem do país, as próprias instituições antes de tomarem a medida urgente de pôr esse sujeito a pontapés pra fora do Planalto.
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