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Zambelli assume que foi infeliz em tuíte por Janot

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Depois de apagar o tuíte em que se dizia “solidária” ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, publicado após ele dizer a VEJA que foi armado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para matar o ministro Gilmar Mendes, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirma que foi “mal interpretada” e “infeliz” em sua postagem no Twitter.

“Minha solidariedade ao ex PGR. Gilmar Mendes sempre teve pouco escrúpulo”, havia escrito a parlamentar na rede social.

A deputada diz a VEJA que sua solidariedade se dava ao fato de Janot ter relatado na entrevista que teve a reação depois de um suposto ataque de Gilmar Mendes à sua filha – e não com a ideia do ex-procurador-geral de matar o ministro do STF.

“Quando mexe com família é um negócio complicado, porque eu tenho sido vítima disso, sei o que é mexer com a nossa família sem a gente estar implicado de nenhuma maneira. Quando eu falei de minha solidariedade, não foi, obviamente, solidariedade com ele ter pensado em matar o Gilmar. Foi ao fato de Gilmar não ter atacado o fato, mas sim as pessoas, como ele sempre faz. Acho que deu dupla interpretação a forma como eu postei, fui infeliz na forma de escrever o tuíte, as pessoas não entenderam”, afirma.

Carla Zambelli diz ainda que temia por uma reação do STF à sua publicação, se interpretada como incitação à morte de um ministro do Supremo. “Apesar de defender a pena de morte para ladrão, estuprador, assassino, terrorista, pedófilo, não apoio a morte de ninguém. Quero que o Gilmar viva muito. O STF não mede esforços para derrubar pessoas como eu, que estou sozinha, não sou líder de governo, não estou na executiva do PSL, sou só uma deputada”, afirma.

Crítica da gestão de Janot na PGR, entre 2013 e 2017, e idealizadora do boneco inflável Enganô, que associava o ex-procurador ao PT, Carla diz ainda que “sentir vontade não é crime”. “Não é que ele tenha tentado matar o Gilmar, tenha feito uma emboscada para o Gilmar, ele pensou e teve vontade, o que não é crime”, pondera.

De VEJA